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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, julho 15, 2013

ESTADO TERRORISTA: Israel testa novo míssil balístico com capacidade nuclear



O exército israelense testou na sexta-feira (12) um novo míssil balístico de longo alcance, capaz de transportar uma ogiva nuclear, química ou biológica.
O exército descreveu este lançamento, que se realizou a partir da base de Palmajim na costa mediterrânea, como um teste para avaliar o sistema de propulsão desse foguete.
A mídia israelense, citando analistas, afirmou que este teste muito provavelmente tem relação com o sistema de mísseis balísticos Jericó do regime de Tel Aviv.
Segundo os especialistas, a versão mais moderna do sistema, Jericó III, tem um alcance de entre 5000 e 11.000 quilômetros e pode transportar ogivas de até uma tonelada. A última prova de um míssil Jericó III foi realizada em novembro de 2011.
Cabe mencionar que em 2008, o exército israelense também testou outro míssil balístico de longo alcance, ameaçando atacar o Irã.
Amplamente acredita-se que o regime de Tel Aviv é o único possuidor de armas nucleares no Oriente Médio. Este regime que segundo estimativas mantém armazenadas em seus arsenais entre 200 e 400 ogivas nucleares, nunca negou nem confirmou a posse de armas de destruição em massa, sob sua política da chamada ambiguidade nuclear.
Igualmente Israel é o único país no Oriente Medio que nunca permitiu aos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) verificar suas instalações nucleares e sempre evitou assinar o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).
Hispan TV
Traduzido pela redação do Vermelho
*GilsonSampaio

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