Os protestos contra a Rede Globo ontem não receberam, como era previsível, atenção da grande imprensa. Foram pouquíssimas as menções.
Mas os atos existiram, mostraram força e puderam, inclusive, ser vistos na programação da própria emissora.
Um grupo de manifestantes se reuniu diante da sede da emissora em São Paulo.
A Polícia Militar diz que foram 400 pessoas.
Os organizadores, que foram ao menos 2 mil.
Durante a veiculação do SPTV, à noite, uma série de luzes verdes atravessaram o vidro do estúdio do telejornal e atingiram o apresentador Carlos Tramontina.
O raio laser foi visto no início e no encerramento do jornal.
Os manifestantes protestaram conta o monopólio na mídia e pela democratização dos meios de comunicação. Não houve confrontos.
Em Porto Alegre, em Salvador e em outras cidades também houve atos em frente às sedes da emissora.
No protesto em São Paulo, um projetor colocou duas palavras gigantes no prédio da emissora: "Globo sonega".
Foi uma referência ao processo da Receita Federal contra a emissora, que envolve desaparecimento de documentos, multa de centenas de milhões de reais e pontos ainda muito obscuros.
Também foi projetada a frase "Globo mente"
Um post publicado no blog do Renato Rovai resume a manifestação:
“A marcha de ontem à noite na frente à Globo marcou. Uma TV inóspita e pouco acessível. Que fica num lugar inóspito e pouco acessível. Numa cidade, convenhamos, bastante inóspita como São Paulo. Mesmo assim éramos ao menos uns 2 mil por lá”.
“Aliás, daria para comparar a manifestação noturna de ontem na frente da Globo, que não tinha um único figurante, com a dos médicos na Paulista. A deles, segundo o Jornal da Globo do dia, teria 5 mil. Sendo assim, 5 mil para a de ontem também.”
“A partir de hoje a Globo virou alvo. E a democratização das comunicações uma pauta das ruas. Que bom que havia muitos jovens e a boa energia do Passe Livre. E que bom que o MST estava lá. Há coisas novas acontecendo. E em algum momento isso haveria de acontecer. A Globo se tornaria alvo. Do que é movimento novo. E do que supostamente é movimento tradicional. A Globo não poderia passar ao largo de um momento histórico como este que vive o Brasil. Era preciso um movimento global contra a Globo. O que aconteceu hoje foi só o começo. As redes vão amadurecer o que aconteceu nas ruas. E vão articular novas ruas. Redes e ruas vão criar ainda muitos problemas para quem se achava acima deles, a Globo.”
Postado por Miro
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