Emissora dos irmãos Marinho
será endereço de concentrações populares em São Paulo e Porto Alegre;
na manifestação nacional convocada para a quinta-feira 11, bandeira
Contra o Monopólio da Mídia será hasteada; "A corrupção é a marca da
Globo desde a sua fundação", diz manifesto que explica escolha da porta
da tevê para um ato de protesto; "Manipulação é sutil, sofisticada e
cotidiana"
8 DE JULHO DE 2013 ÀS 18:46
247 – O
domínio da Rede Globo sobre o principal mídia do Brasil – a televisão –
deve ser duramente questionado nas marchas e concentrações populares
marcadas para a quinta-feira 11, o Dia Nacional de Lutas com Greves e
Manifestações.
Nas capitais, pelo menos dois atos
convocados especificamente para protestar contra a Globo foram marcados
em São Paulo e Porto Alegre, nos respectivos portões das sedes da
emissora.
No manifesto de convocação do ato Contra o Monopólio da Globo,
há uma série de justificativas do porque a emissora foi escolhida como
alvo. Há argumentos técnicos, que apontam para a existência, na prática,
de um enorme desequilíbrio no poder da emissora sobre diversos setores
da mídia eletrônica.
"A Globosat
participa de 38 canais de TV por assinatura e tem poder de veto na
definição dos canais da NET e da SKY, que juntas controlam 80% do
mercado", lembra o texto.
Outras afirmações são políticas.
"A emissora opera como um partido político". Abaixo, a convocação e os motivos dos organizadores do protesto em frente à Globo em São Paulo e Porto Alegre:
1º grande ato contra a Globo + Monopólio da Mídia em SP
11 de julho, concentração a partir das 17h,
na Pça Gal Gentil Falcão -
ao lado da estação Berrini de trem
na Pça Gal Gentil Falcão -
ao lado da estação Berrini de trem
Arte: em anexo
Evento de SP no Facebook: https://www.facebook.com/events/543580692367952/
Jornada de Lutas do Levante contra a Globo no Facebook: https://www.facebook.com/events/192701367573115/
Evento de SP no Facebook: https://www.facebook.com/events/543580692367952/
Jornada de Lutas do Levante contra a Globo no Facebook: https://www.facebook.com/events/192701367573115/
PORQUE UM ATO NA FRENTE DA GLOBO?
MONOPÓLIO
O cenário na televisão brasileira é de quase monopólio.
Na TV aberta, a Globo controla 73% das verbas publicitárias,
embora tenha 43% da audiência. A Globosat participa de 38 canais de TV
por assinatura e tem poder de veto na definição dos canais da NET e da
SKY, que juntas controlam 80% do mercado.
No Rio de Janeiro, o grupo controla os principais jornais, TVs e rádios, situação que seria proibida nos Estados Unidos e em vários países da Europa, onde há regulação democrática da mídia.
#OcupeaMidia
#OcupeaMidia
PROMISCUIDADE POLÍTICA
Várias das afiliadas da Globo pelo Brasil são controladas por políticos de direita envolvidos em inúmeros escândalos.
A família Sarney controla a TV Mirante (GLOBO) no Maranhão e Fernando Collor controla a Gazeta (GLOBO) em Alagoas.
A Globo construiu seu império a partir da relação promíscua com o regime militar, que lhe garantiu o acesso a toda a estrutura da Telebrás e a expansão nacional do seu sinal.
#GloboSemBigode
#GloboSemCollor
#GloboSemBigode
#GloboSemCollor
CORRUPÇÃO
A corrupção é marca da Globo desde a fundação.
Seu crescimento na década de 60 se deu a
partir de um acordo técnico ilegal com o grupo Time-Life, que mereceu
uma CPI, mas foi abafado.
Recentemente, veio à tona uma operação fraudulenta da empresa para sonegar impostos na compra dos direitos de exibição da Copa do Mundo de 2002.
Além disso, a empresa vende espaços
editoriais para divulgação de filmes e artistas, numa verdadeira
grilagem eletrônica que a faz absorver recursos incentivados do cinema
nacional.
MANIPULAÇÃO
A emissora opera como um partido político, direcionando o noticiário jornalístico a partir de suas opiniões conservadoras (seu 'programa político') e buscando definir a agenda pública a partir de entrevistados que têm visões alinhadas.
A mudança
na abordagem dos protestos simboliza bem a transição entre a
deslegitimação e a tentativa de cooptação a partir de sua própria
pauta.
Momentos grosseiros de manipulação, como o das diretas já ou a eleição de Collor, ainda existem, mas perdem espaço para uma manipulação mais sutil, sofisticada e cotidiana.
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