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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, fevereiro 07, 2015

“Não e fácil um partido de esquerda governar um país importante como o Brasil. Eles não querem nem deixar concluir o mandato da Dilma

ELE VOLTOU: “NÃO PODEMOS PERMITIR QUE QUEM NÃO TEM MORAL, VENHA DAR MORAL NA GENTE”

Lula050215
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (6), durante reunião do Diretório Nacional do PT em Belo Horizonte (BH), que o governo da presidenta Dilma Rousseff tem todas as condições para ser exitoso. Para isso, lembrou,  é preciso um esforço concentrado do PT para combater a campanha de ódio instaurada contra o partido, seu governo e militantes.
“Se a ficarmos quietos, a sentença já está dada”, declarou.
Ele conclamou  todos os dirigente e detentores de cargos no Legislativo e Executivo a dedicarem um tempo ao partido, para auxiliar na reestruturação de sua imagem.
“A briga é política. O PT tem que ter essa consciência. Tem que usar a tribuna, tem que responder, tem que votar, tem que gritar tanto quanto eles, tanto na Câmara, quanto no Senado”, declarou.
Para Lula, este é um momento de enfrentamento para o partido, de fazer uma reflexão sobre os erro do passado e voltar para a rua.
Segundo Lula, o PT governa o País, cinco estados e está fortemente presente no Congresso Nacional, mas isso não é suficiente para enfrentar as tentativas de destruição que a agremiação sofre.
“O PT vai ter que voltar pra luta”, afirmou.
” Não podemos permitir que quem não tem moral, venha dar moral na gente”, disse.
Para o ex-presidente Lula, o governo Dilma tem todas as condições de manter o sucesso de suas ações. “Sou extremamente otimista. Acredito que 2015 tem tudo para ser um ano promissor”, confessou.
“Eu acho que o Brasil tem possibilidade de melhorar e melhorar muito, nos próximos meses”, declarou.
Repúdio - O ex-presidente aproveitou para se solidarizar com o secretário nacional de Finanças do PT, João Vaccari Neto, intimado a depor pela Polícia Federa,l na quinta-feira (5). “O que aconteceu ontem é repugnante”, declarou.
Para Lula, quem acompanha as investigações da Operação Lava Jato, da PF, sabe que a divulgação do depoimento do ex-gerente de Engenharia da Petrobras, Pedro Barusco, foi feita de forma articulada para criar manchetes em jornais.
“Eu já vi esse filme, já aconteceu em outros lugares do mundo”, recordou.
“Não e fácil um partido de esquerda governar um país importante como o Brasil. Eles não querem nem deixar concluir o mandato da Dilma, tentando criar todo e qualquer processo de desconfiança. Querem que o PT seja desacreditado na sociedade brasileira”.
*http://br29.com.br/ele-voltou-nao-podemos-permitir-que-quem-nao-tem-moral-venha-dar-moral-na-gente/

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