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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, fevereiro 07, 2015

O entreguista Serra não perde tempo e bombardeia o pré-sal!

SERRA DEFENDE ENTREGA DO PRÉ-SAL AO CAPITAL


Ele não tem nenhum mancômetro… Não foi ele que o Wikileaks flagrou?

O senador José Serra (PSDB-SP), em entrevista publicada nesta quinta-feira (5) no Estadão, afirma que a Petrobras tem “excesso” de diversificação e defende a venda de ativos que, segundo ele, dão prejuízo, como por exemplo, o pré-sal.
 

O entreguista Serra não perde tempo e bombardeia o pré-sal!


Senador tucano diz que Petrobras deve somente “explorar e produzir petróleo”Senador tucano diz que Petrobras deve somente “explorar e produzir petróleo” Serra afirma que a estatal deve se resumir em “explorar e produzir petróleo”. “Hoje, ela atua na distribuição de combustíveis no varejo, nas áreas de petroquímica, fertilizante, refinaria, meteu-se em ser sócia de empresa para fabricar plataformas e investiu até em etanol, justamente quando a política de contenção de preços da gasolina arruinava o setor. O que dá prejuízo precisa ser enxugado”, disse ele. Quando o repórter pediu para que ele definisse esse “enxugado”, Serra revela seu verdadeiro interesse: “Vendido, concedido ou extinto”.
O senador ignora o fato de que sem a atuação da Petrobras nenhum destes setores teria se desenvolvimento, já que a iniciativa privada, principalmente os cartéis internacionais do petróleo, não se interessa no avanço dessas plataformas. Além disso, as ações estratégicas da Petrobras tem efeito multiplicador gerando uma política de conteúdo nacional, milhares de empregos qualificados na construção naval, na indústria de equipamentos, na siderurgia, na metalurgia, na tecnologia.
Primeiro passo tucano: pré-sal
Segundo o senador tucano, a primeira tarefa é revisar o modelo do pré-sal. “Tem que começar pela revisão do modelo do pré-sal: retirar a obrigatoriedade de a empresa estar presente em todos os poços, ser a operadora única dos consórcios e ter que suportar os custos mais altos da política de conteúdo nacional”.
Cobiçada há anos pelos cartéis internacionais do petróleo, a Petrobras é a maior empresa da América Latina, inclusive a de maior lucro, com mais de U$ 10 bilhões. A estatal foi a maior produtora de petróleo do mundo, ultrapassando a norte-americana Exxon. E a extração de petróleo do pré-sal, que Serra quer entregar, já passa de 500 mil barris por dia.

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