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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, fevereiro 18, 2015

Há claros indícios de direcionamento do ex-presidente do Supremo contra os petistas acusados no Mensalão.

CNJ investiga relação de Barbosa com PSDB, e farsa do mensalão caí por terraImprimir

Fabiano Portilho
 
JB, Aécio e Anastasia (PSDB)JB, Aécio e Anastasia (PSDB)
A investigação já corre há um ano, a pedido do Conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil. A investigação do Conselho Nacional de Justiça contra o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, consiste em que Barbosa poderia estar a serviço do PSDB na forma como conduziu o processo do Mensalão.
Suspeita que se amplificou depois que ele trocou o juiz do caso pelo filho de um dirigente do PSDB de Brasília.
O pedido de investigação foi feito pelo ex-presidente da Ordem, José Roberto Batochio.
O posicionamento da OAB pode transformar envolver Joaquim Barbosa em um escândalo nacional.
Há claros indícios de direcionamento do ex-presidente do Supremo contra os petistas acusados no Mensalão.
Até a forma espetaculosa como ele decidiu mandá-los à prisão – em um feriado nacional, o simbólico dia da Proclamação da República – foi vista como tentativa de Barbosa de aparecer mais do que devia.
O caso do juiz ligado ao PSDB é só mais um capítulo, escondido pela grande mídia paulista-tucana-falida-anti-petista-serrista-e-anti-nordestina.
Que os tolos aplaudem como inocentes úteis.
E o Conselho Nacional de Justiça deve apurar…
Fonte: Blog Marco D'Eça

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