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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, fevereiro 03, 2015

Graça Foster recebe prêmio mundial de engenheiros de Petróleo

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Graça Foster recebe prêmio mundial de engenheiros de Petróleo


Essa é a primeira vez que um profissional brasileiro recebe a homenagem, concedida pela SPE em reconhecimento aos maiores destaques na contribuição à indústria de petróleo e gás do planeta. “A palavra agora é superação”, afirmou a presidenta da Petrobras
Por Redação
A presidenta da Petrobras, Graça Foster, recebeu na última sexta-feira (30) o prêmio Distinguished Award da Sociedade Mundial de Engenheiros de Petróleo – SPE. Essa é a primeira vez que um profissional brasileiro recebe a homenagem, concedida a quem deu uma contribuição considerada “excepcional” para a indústria mundial de petróleo e gás.
Ao comentar a entrega do prêmio, tido como o maior da SPE, Foster afirmou que este ato simbólico deverá ajudar a empresa a superar a instabilidade vivida nos últimos meses, por conta de denúncias de um suposto esquema de desvio de recursos investigado pela Polícia Federal. “Reconhecimentos como esse nos fazem ter a certeza de que é preciso seguir em frente. De que é imperativo enfrentar esse momento difícil, superar essa crise sem igual na nossa história e seguir adiante. A palavra agora é superação”, ressaltou.
A presidenta também lembrou que, apesar dos problemas, os resultados da Petrobras de 2014 foram de destaque. “Dia 22 de dezembro, batemos o recorde de produção: a produção diária de petróleo da Petrobras no Brasil – Petrobras produtora e Petrobras operadora – foi de 2,3 milhões de barris de petróleo por dia. Foram produzidos, nesse dia, 3 milhões de barris de óleo equivalente. Só no pré-sal, já estamos produzindo mais de 700 mil barris por dia. Isso apenas oito anos desde a descoberta: é um marco na indústria de exploração e produção em águas profundas no mundo”, explicou.
Em maio de 2014, Foster ficou pela terceira vez consecutiva no ranking das 100 mulheres mais poderosas do mundo, divulgado pela revista Forbes. Em fevereiro, foi indicada à lista da emissora norte-americana CNBC com 200 personalidades que tiveram mais influência no mundo dos negócios nos últimos 25 anos. Também em fevereiro, Graça ficou em quarto lugar na lista que reúne as 50 mulheres de negócios mais poderosas do mundo da revista Fortune.
Foto de capa: Cristina Gallo / Arquivo Senado

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