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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, fevereiro 02, 2015

James Zhan, declarou que “esse foi o segundo pior ano da crise” e que o Brasil “sofreu menos que os demais”.

GLOBO NÃO MOSTRA: BRASIL SUPERA PAÍSES EUROPEUS E FICA EM 5º COMO DESTINO DE INVESTIMENTOS. OMISSA.



O Brasil sobe duas posições e termina 2014 como quinto maior destino de investimentos estrangeiros diretos no mundo, superando todos os países europeus. Os dados são da ONU e apontam que, pela primeira vez, a China superou os EUA e se transformou no maior receptor de investimentos do mundo.

A organização, porém, alerta que 2015 pode marcar uma queda importante de investimentos nos emergentes, principalmente aqueles que dependem de commodities e onde o crescimento do PIB sofreu um forte freio, como no Brasil.

De fato, os dados apontam que o volume total de investimentos enviados ao Brasil caiu de US$ 64 bilhões (R$ 165,4 bilhões), em 2013, para US$ 62 bilhões (R$ 160,24 bilhões), em 2014.

A redução de 4%, porém, foi mais suave que a média mundial, de 8%. Entre 2012 e 2013, o Brasil também já tinha perdido outros 4%. A tendência de queda pode continuar em 2015.

No ano passado, empresas investiram US$ 1,26 trilhão (R$ 3,25 trilhões), valor distante do pico de 2007, quando os investimentos diretos chegaram a US$ 1,9 trilhão (R$ 4,91 trilhões). O ano de 2014 só não foi pior que 2009, quando os investimentos chegaram a US$ 1,1 trilhão (R$ 2,84 trilhões).

O diretor de Investimentos da Conferência da ONU para Comércio e Desenvolvimento, James Zhan, declarou que “esse foi o segundo pior ano da crise” e que o Brasil “sofreu menos que os demais”. 
*plantaoBrasil

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