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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, abril 02, 2015

Moscou critica Inglaterra sobre Malvinas

O uso de retórica agressiva não vai ajudar a aliviar a tensão sobre as Ilhas Malvinas e a única maneira de resolver a disputa entre Argentina e Grã-Bretanha de maneira pacífica é através do diálogo direto.
A declaração foi feita nesta quinta-feira (2) pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Aleksander Lukashevich, ao comentar o recente anúncio do ministro da Defesa britânico a respeito do reforço da segurança no arquipélago, também conhecido como Ilhas Falkland.
"Ninguém questiona o direito da liderança britânica de agir segundo sua própria avaliação da situação ao redor das ilhas. Mas o uso da oratória pública abertamente agressiva dificilmente pode promover a desescalada das tensões e, obviamente, não vai ajudar a construir confiança entre as partes envolvidas”, disse ele.
O diplomata russo observou que no pano de fundo da atual campanha eleitoral na Grã-Bretanha, parte do governo de coalizão procura ganhar pontos adicionais fazendo declarações polêmicas sobre questões sensíveis da agenda internacional.
No último dia 24 de março, data que marcou o 39° aniversário do golpe militar argentino, o secretário de Defesa britânico, Michael Fallon, anunciou planos do governo de gastar £ 280 milhões (R$ 1,3 bilhão) nos próximos dez anos para reforçar a defesa das Malvinas. O anúncio foi feito depois de a imprensa britânica ter dito que a Argentina estava analisando uma série de possíveis contratos para a compra de armas, incluindo supostos aviões de bombardeio da Rússia. Fallon disse que esse acordo “não foi confirmado”, mas insistiu que "a ameaça permanece” e é preciso “responder a ela

Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150402/645078.html#ixzz3WBp8BdzSIlhas Malvinas

Moscou critica retórica agressiva da Grã-Bretanha sobre as Malvina

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