O uso de retórica agressiva não vai ajudar a aliviar a tensão sobre as Ilhas Malvinas e a única maneira de resolver a disputa entre Argentina e Grã-Bretanha de maneira pacífica é através do diálogo direto.
No último dia 24 de março, data que marcou o 39° aniversário do golpe militar argentino, o secretário de Defesa britânico, Michael Fallon, anunciou planos do governo de gastar £ 280 milhões (R$ 1,3 bilhão) nos próximos dez anos para reforçar a defesa das Malvinas. O anúncio foi feito depois de a imprensa britânica ter dito que a Argentina estava analisando uma série de possíveis contratos para a compra de armas, incluindo supostos aviões de bombardeio da Rússia. Fallon disse que esse acordo “não foi confirmado”, mas insistiu que "a ameaça permanece” e é preciso “responder a ela
A declaração foi feita nesta quinta-feira (2) pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Aleksander Lukashevich, ao comentar o recente anúncio do ministro da Defesa britânico a respeito do reforço da segurança no arquipélago, também conhecido como Ilhas Falkland.
"Ninguém questiona o direito da liderança britânica de agir segundo sua própria avaliação da situação ao redor das ilhas. Mas o uso da oratória pública abertamente agressiva dificilmente pode promover a desescalada das tensões e, obviamente, não vai ajudar a construir confiança entre as partes envolvidas”, disse ele.
O diplomata russo observou que no pano de fundo da atual campanha eleitoral na Grã-Bretanha, parte do governo de coalizão procura ganhar pontos adicionais fazendo declarações polêmicas sobre questões sensíveis da agenda internacional.
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