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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, abril 02, 2015



Numa tentativa canhestra de se adaptar aos novos tempos e parar de perder audiência, a Grobo e a GROBONius, além de várias emissoras GROBOSAT, vem transformando o jornalismo grobal em jornalismo de entretenimento.
Primeiro veio a bomba semiótica do jornalismo caras e bocas, praticado descaradamente (apesar do aparente paradoxo) por Leila Staremberg, Heloísa Gomide e Leilane Neubarth, aquela Ruiva Idiota que se refere a tudo comoaquele/aquela.

Trata-se de uma tentativa de influenciar a opinião de espectadores com linguagem não verbal, caretas, muxoxos, suspiros, bufadas, franzir de testas e expressões de desaprovação similares, como se pode verificar nas imagens abaixo:

 É estranho pensar que alguém ache que pode influenciar espectadores com uma fuça feia como essa, no máximo assustar e assombrar até que o coitado comece a pensar como eles querem, só para ela parar de fazer essa cara de boi da cara preta na tv, e ir assombrar a Zélia Duncan na cama, na hora do "vamos ver a chana meu bem".

Depois veio o jornalismo stand up.

Numa tentativa de dar agilidade e ritmo aos noticiários, eles botaram os "jornalistas" em pé, zanzando pelo cenário, ao invés de botá-los para falar a verdade, ir a fundo nos assuntos e notícias e não deixar pedra sobre pedra nas investigações jornalísticas. 


Especialmente usado na edição das 10:00 e das 18:00 esse estratagema não consegue nada além de mostrar os gambitos e o corpo horroroso da Gomide, ou as banhas da Neubarth, e seu mau gosto indumentário. ou a porrolha da Juliana Rosa esbanjando cinismo do topo de sua babaquice mórbida.


Outra forma de mostrar modernidade e ritmo, ao invés de notícia, temos o jornalismo de auditório, praticado no Studio I(diota?) e GloboNius em Pauta (e notícia em falta).

A diferença é que aqui a claque nem pode fazer barulho, só mandar suas participações via e-mail ou telefone.


Nem pense em ser levemente crítico, sua opinião não merecerá espaço, afinal eles estão lá pra (de)formar sua opinião, jamais para ouvi-la.

No Studio I por exemplo tem os comentantes de carteirinha, idiotas amamentados na teta seca global que começam a produzir "conteúdo" como um babaquinha que esqueço o nome (Paulinho ou qualquer inho desses), um coxinha juvenil que grava suas participações lugar comum, com uma entonação de voz de quem se acha O Bozó em pessoa, e lá dentro de sua alminha perdida, grita "Mamãe, tô na GROBO!"

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