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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, outubro 04, 2010

FILME CARMINA BURANA, de CARL OFF – LUCIA POPP; HERMANN PREY; JOHN VAN KESTEREN; BENNO HOFFMANN; Direcor – KARL EICHHORN


Deu Opus Dei em São Paulo


Aloizio Mercadante (PT) admite derrota para tucano Geraldo Alckmin

“Amanhã cedo, sou um militante do projeto do governo Lula e estarei nas ruas. Agora é Dilma”, finalizou o petista.

Em entrevista coletiva após o resultado do TRE, o candidato petista ao governo, Aloizio Mercadante, reconheceu a derrota no primeiro turno para o tucano Geraldo Alckmin. Com as candidaturas indeferidas pelo TRE de São Paulo, os votos para os candidatos ao governo do Estado de SP, Mancha (PSTU), Igor Grabois (PCB) e Paulo Búfalo (PSOL) foram considerados nulos.
As duas advogadas do PT, Marcela Cherubini e Débora de Carvalho Batista planejavam entrar com uma petição para validar os votos do candidato do PSOL. No entanto, o partido desistiu e a vitória de Alckmin foi consolidada.
"Esses votos significaram uma grande vitória política", disse Mercadante sobre sua campanha. O senador aproveitou para agradecer os participantes e mencionou José Américo, Emídio de Sousa. Ele também agradeceu os militantes, a bancada estadual, mas não mencionou nem o nome da senadora eleita, Marta, nem de Netinho, que ficou em terceiro.
"Amanhã cedo, sou um militante do projeto do governo Lula e estarei nas ruas. Agora é Dilma", finalizou.


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