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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 15, 2010

Não se brinca com coisa séria

Se o país voltar ao atraso, ajoelhe no milho

Ore
Quando Serra privatizar tudo
Reze
Quando Serra arrochar os salários 
Pregue
Quando 700 mil estudantes perderem o ProUni
Rogue
Quando o pré-sal for aberto ao capital estrangeiro
Orem
Quando a saúde for terceirizada no país, como foi em São Paulo
Rezem
Quando Serra gerar empregos lá fora, em outros países
Preguem
Quando os professores sofrerem novas agressões
Roguem
Quando mais uma vez as aposentadorias forem proteladas
Orai
Quando os movimentos sociais forem reprímidos
Rezai
Quando os sindicatos forem extinguidos
Pregai
Quando os nordestinos forem discriminados
Rogai
Quando Serra vender o país de novo
Que você acreditou em boataria
E por fim,
Peçam desculpas a todos os Santos e Credos
Por não entender o que está em jogo nestas eleições
Que não são questões religiosas, e sim modelos diferentes de governar
Que você não observou que Serra não fala de propostas e planos de governos
E por não saber o que está em jogo nestas eleições
De um lado, quem tirou o país do marasmo, da estagnação econômica, que está tirando da pobreza, que criou programas sociais, promoveu a mobilidade das classes sociais, que levou o país ao futuro e ao rumo certo, o goveno de Lula/Dilma e o outro lado, os que querem voltar, o estilo do governo do passado que levou o país a quebrar três vezes, da falta de políticas públicas e programas sociais, da dependência do FMI, das privatizações, do atraso de FHC/Serra
E que te perdõem por não saber a diferença do que é um governo progressista, nacionalista e voltado as causas populares, de um governo repressor, entreguista, anti-popular e que defende só as elites.




*CelsoJardim 

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