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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 15, 2010

Ao Mestre com Carinho




Dia do professor...José Serra vai dar bala para os professores...Bala de borracha!.

Veja como José Serra trata os professores Veja fotos do confronto entre PMs e professores

Comemorado hoje, o Dia do Professor será motivo para José Serra passar oléo de peróba na cara e ir pedir votos para professores que são tratados a base de cassetete e bala de borracha

O comando da campanha de José Serra (PSDB), numa tentativa de neutralizar os professores liderados pela Apeoesp que foi processado por José Serra e proibido de fazer greve, se reuniu com um  sindicato de professores paulistas ligado ao tucano Paulo Renato de Souza, e programou encontro do candidato  tucano com um grupo de professores e representantes do setor da educação.É bom que se diga que, o tal grupo de professores foi escolhido a dedo pela equipe de campanha de José Serra. Só os docentes que apóiam Serra irão a esse encontro. Assim, José Serra não correrá riscos de ser vaiado, cobrado ou constrangido na frente das câmeras de TV.

Liderado pelo tucano secretário estadual de Educação, Paulo Renato Souza, o grupo do punhadinho filiado ao PSDB elaborou um manifesto em apoio a Serra e com críticas à gestão do governo Lula. "O governo Lula, ao longo de oito anos, teve políticas erráticas na área de educação", diz um trecho. O texto será entregue ao candidato Serra.

Professores com Dilma...

Em São Paulo, Dilma Rousseff (PT) participará de um evento sobre educação e inovação, onde os problemas das administrações tucanas na área serão os pontos centrais.

O evento com Dilma, terá a participação de professores. A avaliação petista é que a educação, ao lado da segurança, é uma das duas áreas mais mal avaliadas do governo de José Serra no Estado.

Entre as críticas estão os baixos salários, a contratação de temporários e o sistema de progressão continuada. No Enem, as escolas estaduais de São Paulo têm desempenho bem baixo, quando comparadas com as instituições privadas.

No ano passado, quando Serra ainda era governador, sofreu com greves e manifestações de professores.

Comicíos

Hoje, Dilma e Lula na zona leste da capital, há uma reunião de lideranças políticas para articular a ação no interior.

Amanhã, Lula e Dilma fazem ato público em Minas, e se encontram com prefeitos na semana que vem.
*amigosdopresidenteLula/comtextolivre

Reflexão pela semana da Criança e do Professor

"Eu queria uma escola que cultivasse
a curiosidade de aprender
que é em vocês natural.

Eu queria uma escola que educasse
seu corpo e seus movimentos:
que possibilitasse seu crescimento
físico e sadio. Normal

Eu queria uma escola que lhes
ensinasse tudo sobre a natureza,
o ar, a matéria, as plantas, os animais,
seu próprio corpo. Deus.

Mas que ensinasse primeiro pela
observação, pela descoberta,
pela experimentação.

E que dessas coisas lhes ensinasse
não só o conhecer, como também
a aceitar, a amar e preservar.

Eu queria uma escola que lhes
ensinasse tudo sobre a nossa história
e a nossa terra de uma maneira
viva e atraente.

Eu queria uma escola que lhes
ensinasse a usarem bem a nossa língua,
a pensarem e a se expressarem
com clareza.

Eu queria uma escola que lhes
ensinassem a pensar, a raciocinar,
a procurar soluções.

Eu queria uma escola que desde cedo
usasse materiais concretos
para que vocês pudessem ir formando corretamente
os conceitos matemáticos,
os conceitos de números, as operações...
pedrinhas... só porcariinhas!...
fazendo vocês aprenderem brincando...

Oh! meu Deus!

Deus que livre vocês de uma escola
em que tenham que copiar pontos.

Deus que livre vocês de decorar
sem entender, nomes, datas, fatos...

Deus que livre vocês de aceitarem
conhecimentos "prontos",
mediocremente embalados
nos livros didáticos descartáveis.

Deus que livre vocês de ficarem
passivos, ouvindo e repetindo,
repetindo, repetindo...

Eu também queria uma escola
que ensinasse a conviver, a
coooperar,
a respeitar, a esperar, a saber viver
em comunidade, em união.

Que vocês aprendessem
a transformar e criar.

Que lhes desse múltiplos meios de
vocês expressarem cada
sentimento,
cada drama, cada emoção.

Ah! E antes que eu me esqueça:

Deus que livre vocês
de um professor incompetente."

Carlos Drumond de Andrade
*milfacesdeLuiza

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