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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Banco do Brasil inaugura agência na comunidade de Paraisópolis

O Banco do Brasil inaugurou nesta terça-feira (30), a primeira agência bancária em Paraisópolis, a segunda maior comunidade da Cidade de São Paulo com cerca de 100 mil moradores.

A agência, instalada no prédio da sede da União dos Moradores, na Rua Ernest Renan, 1366, contribui com o processo de reurbanização e desenvolvimento econômico e social da comunidade.

É a primeira agência BB instalada em uma comunidade no país, que pretende abrir outras em comunidades semelhantes como a Cidade de Deus e Rocinha, no Rio de Janeiro. O mercado bancário de baixa renda, ainda é pouco explorado no Brasil.

O atleta e embaixador do vôlei Marcelo Negrão esteve presente na festa de inauguração.

Levando desenvolvimento à comunidade

A agência marca o início do Plano de Negócios de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) Urbano em Paraisópolis, que visa financiar e desenvolver o Comércio, Indústria e Serviços no local.

O plano, em parceria com a União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP), foca a inclusão na economia formal de micro e pequenas empresas (existem algo em torno de 8 mil empreendimentos, dos quais cerca de 6 mil são informais). Todos os moradores da Comunidade de Paraisópolis poderão ser beneficiados com o DRS Urbano Paraisópolis.
* OsamigosdoPresidenteLula

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