Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 05, 2012

Vaticano critica freira por defender união gay e masturbação


freira Margaret A. Farley
Farley incentiva as mulheres
a descobrirem o prazer
A Congregação para a Doutrina da Fé criticou em nota oficial o livro Just Love. A Framework for Christian Sexual Ethics ("Apenas Amor. Estrutura da Ética Sexual dos Cristãos") da freira americana Margaret A. Farley (foto) por ser tolerante em relação à união homossexual, masturbação e divórcio seguido de um novo casamento. “O livro não está em conformidade com a doutrina da Igreja", afirmou.

No livro publicado em 2006, Farley, que é professora de ética, apoia a união entre pessoas do mesmo sexo porque, diz, é preciso respeitar o direito de escolha de cada pessoa. Em palestra, ela pede aos cristãos que não discriminem quem mantém essa forma de relacionamento.

Farley também é favorável à masturbação feminina, que possibilita "às mulheres descobrirem sua própria capacidade para o prazer”. Trata-se, segundo ela, de “algo que algumas mulheres ainda não descobriram com seus maridos ou amantes". "A masturbação geralmente não implica nenhum problema de caráter moral."

Just Love. A Framework for Christian Sexual Ethics, de Margaret A. Farley
Livro da freira foi
publicado em 2006
Sobre o divórcio, o entendimento de Farley é de que "a indissolubilidade do matrimônio" pode ser colocada em questão diante das transformações "inesperadas" das sociedade e dos casais.

Para o Vaticano, que a freira prega não corresponde à posição da Igreja.  Argumentou que a "masturbação é um ato inerente e gravemente desordenado" e que o “uso deliberado da capacidade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade”.

Em 2011, a congregação mandou uma carta à religiosa para que corrigisse “as teses inaceitáveis” do livro. O que a freira não fez.

A Congregação para a Doutrina da Fé é a sucessora da congregação responsável na Idade Média pela inquisição.

Com informação das agências.
Vaticano censura livro argentino que defende a diversidade familiar.
janeiro de 2012

 Religião contra liberdade de expressão.

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz1wyeHdVy0
Paulopes

Nenhum comentário:

Postar um comentário