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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, abril 21, 2014

UFRN é a melhor universidade federal do Norte-Nordeste



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O posto antes era ocupado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em nível nacional, a UFRN ocupa o 21º lugar.
Foto: Internet

Kívia Soares Do NE10/Rio Grande do Norte

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebeu a melhor avaliação dentre as instituições de Ensino Superior das regiões Norte e Nordeste, pelo Índice Geral de Cursos (IGC). O posto antes era ocupado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em nível nacional, a instituição ocupa o 21º lugar. A reitora, Ângela Maria Paiva Cruz, divulgou nota no final da tarde desta segunda-feira (10) sobre a conquista.
“Quero parabenizar a todos e a todas pelo resultado alcançado, na certeza de que, juntos, enfrentaremos o desafio de manter a nossa universidade sempre entre as melhores do Brasil, intensificando a luta por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade”, destacou a reitora.
A UFRN, que tinha se classificado em 3º lugar na avaliação anterior, conquista o 1º lugar com o conceito 3,66, equivalente à faixa 4 do Índice. O IGC é um indicador de qualidade de instituições de educação superior, que considera, em sua composição, a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação (Mestrado e Doutorado).No que se refere à graduação, é utilizado o CPC (conceito preliminar de curso) e, no que se refere à pós-graduação, é utilizada a Nota Capes. O resultado final está em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5).
Ainda segundo a nota da reitora, “a UFRN mais uma vez obteve posição de destaque entre as melhores universidades brasileiras, na avaliação feita pelo INEP através do IGC de 2012, divulgado nos últimos dias.E tem aproveitado as oportunidades para expandir e melhorar a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão; democratizar o acesso dos jovens à universidade com o aumento das vagas e promovendo a inclusão social, através das políticas de assistência ao estudante; contribuindo, assim, para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte e da região Nordeste”, destacou.
Este ano foram avaliados 30 cursos da UFRN no ENADE 2011, o índice considera pontos como professores, desempenho dos estudantes, proposta pedagógica, infraestrutura, entre outros. Ao todo, 11 cursos obtiveram  nota máxima,  nove deles no Campus Central e dois no Centro de Ensino Superior do Seridó(CERES), da cidade de Caicó.
“Essa é uma conquista de todos os integrantes da comunidade acadêmica - gestores, docentes, servidores técnico-administrativos e discentes.Afinal, juntos econtinuamente, fomos capazes de desenvolver e implementar projetos institucionais inovadores, submetidos ao permanente processo de avaliação, na perspectiva de levar a universidade a avançar, cada vez mais, no cumprimento da sua missão institucional e seu compromisso social”, finalizou.
*Uol

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