Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 09, 2014

7 A 1 ! TEM QUE MANDAR
TODO MUNDO EMBORA !

Felipão, Marín e Galvão têm que ir embora no vestiário

  • V

O colapso da Seleção Brasileira diante da Alemanha – a Alemanha de sempre, que jogou sem adversário – deve permitir uma limpeza geral.

Limpeza na CBF.

Limpeza no Brasileirinho, o torneio nacional.

Limpeza nos privilégios da Globo com relação  ao Brasileirinho e à seleção.

Gostou do vapt vupt ? Eu perco mas não admito !!!!

O Felipão, e o Marin da CBF, ao lado do Galvão – porque são a mesma sopa ! – deveriam se inspirar no técnico Prandelli e o presidente da Federação, depois da derrota para o Uruguai.

Pediram demissão no vestiário.

No ônibus ja estavam fora.

Essa derrota é pior do que a de 50.

A de 50 foi jogo jogado.

O Uruguai jogou melhor.

Essa, não, foi um colapso generalizado: quatro gols em seis minutos !

Um time que não sabe tomar um gol.

O Luxa, na Fox, meteu o dedo na ferida.

Acaba o jogo, só quem fica aqui é o Fred.

Os outros vão embora, cada um para um canto.

E nao vai haver uma auto-crítica.

E é preciso pensar tudo.

Colocar o futebol na agenda da Dilma: essa que não tem ainda a Ley de Medios.

O Brasil foi capaz de fazer a Copa das Copas, e doze estádios magnificos.

Infra-estrutura, segurança.

A vergonha foi dentro do campo – na CBF e na Globo, que manda na CBF.

O Governo brasileiro entendeu que era preciso fazer uma grande Copa, porque o futebol está inscrito na alma brasileira.

E, por isso mesmo, é preciso intervir no futebol.

Agora virão os idiotas da objetividade.

O meio do campo isso, a defesa aqui, o Felipão aquilo outro.

Nao tem a menor importância.

Esse foi um fenômeno do Sobrenatural de Almeida, que só o Nelson Rodrigues explicaria.

O problema não está “nas quatro linhas”.

Tem que passar desinfetante em tudo.

Essa seleção tem jovens que podem perfeitamente ter longa vida em outras Copas.

Outros estão por provar-se.

E outros vão para casa, melancolicamente, como o Fred.

Agora, os arianistas tropicais, os idiotas da objetividade vão dizer que a Alemanha já ganhou a Copa.

É uma Alemanha maior de todas !

De todos os tempos !

O ansioso blogueiro tem dúvidas sobre essa Alemanha.

Vamos ver.

Vamos ver essa Alemanha dos Estados Unidos, da Argélia,  ganhar a Copa …

O Conversa Afiada passa a torcer pela Argentina.

Paulo Henrique Amorim


Em tempo: 
outra observação inteligente do Luxemburgo. É preciso mudar as regras e impedir que os jogadores brasileiros fujam tão cedo para o exterior. Por que o Neymar se tornou ídolo ? Porque ele ficou aqui três anos, antes de ir embora. E os outros ? Não criaram empatia com o torcedor… E a falta das eliminatórias. Não mostrou a uma geração de jogadores que pode dar zebra e o Brasil nao ir à Copa …
*PHA

Nenhum comentário:

Postar um comentário