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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 01, 2015

nos encontramos sob uma crescente ofensiva imperialista.


cartaz 1º de maio (02)Barrar a destruição dos direitos dos trabalhadores e reforçar a luta para acabar com a exploração do homem pelo homem
Proletários e trabalhadores, povos oprimidos de todos os países!
Neste 1º de Maio – dia internacional da solidariedade e da luta dos operários de todos os países – nos encontramos sob uma crescente ofensiva imperialista.
Durante os últimos anos da crise econômica, que levaram à ruína grandes massas de trabalhadores, os governos burgueses e as instituições do grande capital prometeram uma recuperação econômica que traria emprego, prosperidade e uma melhor qualidade de vida. Mas o sofrimento dos trabalhadores e dos povos continuou. As medidas adotadas pelos governos para sair da crise impuseram novos sacrifícios.
Nas fábricas, a exploração assume proporções insuportáveis, enquanto o desemprego continua flagelando os operários e jovens. Mais de 200 milhões de desempregados em todo mundo procuram um trabalho que o capitalismo não é capaz de lhe dar.
Os camponeses pobres, os pescadores, os pequenos artesãos e comerciantes, os aposentados adoecem sob o jugo do capitalismo. Uma insuportável carga de impostos recai sobre os ombros da gente pobre.
Nos últimos anos, a classe dominante exaltou sua “democracia” e sua “liberdade”. Mas há muito tempo esta classe só produz reação e opressão às massas, que agora se espalha por todo mundo.
Para piorar, a burguesia estabelece governos conservadores, prepotentes e autoritários. Pisoteiam violentamente os direitos democráticos dos trabalhadores, reforçam a criminalização e repressão aos protestos sociais como método de governo. Os direitos de greve e de organização são limitados e até negados para ilegalizar as lutas da classe operária.
Os patrões e seus governos atacam os sindicatos operários com o objetivo de liquidar os contratos coletivos e aprovar leis como a terceirização para aumentar seus lucros.
Ao mesmo tempo, difundem a xenofobia e o racismo, impõem leis e políticas de segurança contra os imigrantes, convertidos no bode expiatório desta situação.
O imperialismo se reafirma como a reação em todos os âmbitos, assim como com a intensificação da opressão social e nacional. A democracia burguesa se desagrega e assume o rosto feroz de ditadura aberta dos monopólios e do capital financeiro.
Só entendendo e organizando a resistência das amplas massas da classe operária em uma frente única será possível derrotar a ofensiva capitalista, impedir a destruição dos direitos dos trabalhadores e reforçar a luta para acabar com a exploração do homem pelo homem.
A crescente desigualdade do desenvolvimento econômico, a implacável concorrência pelos mercados e as fontes de matérias primas, o controle das esferas de influência, o desejo de descarregar sobre os rivais as conseqüências da crise, fazem com que as contradições entre os bandidos imperialistas e capitalistas se agravem dia após dia.
Aumenta a exploração e as guerras no mundo
Os governos das potências imperialistas e suas instituições supranacionais (ONU, FMI, UE, etc.), seguem falando de paz. Mas nunca no mundo, desde a 2ª Guerra Mundial, houve tantas guerras reacionárias e corrida armamentista. As conseqüências estão nos conflitos armados, no intervencionismo e na ingerência imperialista na África, no Oriente Médio, na Ásia, na Europa Oriental, na América Latina.
Os EUA ainda são a potência imperialista dominante e querem manter sob seu controle a supremacia sobre outras potências. China, Rússia, Alemanha e outros países imperialistas e capitalistas suportam cada vez menos o domínio norte-americano, visam quebrar o regime do dólar e a afirmar seus interesses. A França defende com as armas suas zonas de influência.
Na luta pelo domínio os bandidos imperialistas instigam o nacionalismo, apoiam e financiam grupos religiosos fundamentalistas para preparar as condições de novas intervenções militares, de desmembrar países soberanos e de golpear as lutas populares e nacionais progressistas. O peso das contradições imperialistas cai sistematicamente sobre os povos e nações oprimidos, como no caso dos povos palestino e curdo, que, apesar dos brutais ataques que padecem, continuam corajosamente sua luta pelo direito à autodeterminação.
Neste 1º de Maio, assim como no 70° Aniversário da derrota do nazi-fascismo pelo heroico Exército Vermelho da União Soviética, organizemos grandes demonstrações contra os perigos de guerra imperialista!
Só com a unidade e a solidariedade internacional dos trabalhadores poderemos deter a política de guerra e agressiva do imperialismo, o saque dos recursos naturais, a corrida armamentista, o sangrento terrorismo reacionário e imperialista, e abrir caminho para o socialismo e para uma política de paz e de solidariedade entre os povos.
Proletários e trabalhadores, povos oprimidos de todos os países!
Apesar do feroz ataque dos capitalistas, das políticas reacionárias e dos ventos de guerra, crescem as mobilizações e as lutas dos trabalhadores que já não querem retroceder nem pagar a crise e a “recuperação” dos exploradores.
A classe operária retorna com força ao campo de batalha.  Da Índia a Turquia, do Brasil a China, da Grécia a Polônia, da Austrália ao Canadá, do México aos Estados Unidos, novamente se levanta o protesto contra o regime da exploração, contra o desemprego e a miséria.
Milhões de operários e de trabalhadores vão à greve e reclamam pão e trabalho. Pedem respeito aos contratos coletivos e aos sindicatos, rechaçam as leis e projetos que minam seus direitos e garantias sociais, dizem basta aos sacrifícios, às demissões e à escravidão assalariada.
Milhões de camponeses pobres, de pequenos produtores e empregados públicos se levantam contra a piora das condições de trabalho e de vida, dos cortes aos serviços sociais, para pôr fim à opressão dos monopólios sobre a imensa maioria da sociedade.
Os jovens e os estudantes são ativos na luta pelo trabalho, em defesa da educação pública, contra os programas neoliberais dos governantes burgueses e das instituições da oligarquia financeira.
As mulheres trabalhadoras estão à frente da resistência contra o retrocesso social, o aguçamento da opressão e da exploração, da política belicista e das ameaças ao ecossistema.
Viva a luta dos trabalhadores!
Neste 1º de Maio, renovemos as forças revolucionárias da classe operária e dos outros setores dos trabalhadores, reforcemos a unidade de luta dos explorados e dos oprimidos contra a ofensiva capitalista, as medidas reacionárias e os perigos da guerra imperialista!
Enquanto as lutas operárias e populares tomam força e se radicalizam, os chefes revisionistas, socialdemocratas e oportunistas levam adiante sua política de colaboração de classe. Falam de “reformas”, mas para ajudar o capitalismo e preservar as bases da atual sociedade.
Mas, a despeito da propaganda da burguesia e seus lacaios, os fatos demonstram que o capitalismo é incapaz de eliminar o desemprego, a pobreza, o fascismo e as guerras. É incapaz de assegurar à esmagadora maioria de mulheres e homens, aos jovens, uma vida digna, um futuro de paz e desenvolvimento social.
Portanto, o sistema capitalista-imperialista deve ser demolido pela luta revolucionária do proletariado e dos povos e deve ser substituído por uma ordem social e econômica mais elevada: o socialismo, primeira etapa da sociedade comunista.
A história demonstra que sem autênticos partidos marxista-leninistas que dirijam o proletariado na luta pelo poder, sem combater o oportunismo, não se pode derrubar o imperialismo e conduzir até o fim a batalha pela libertação social e nacional, não se pode abolir a propriedade privada capitalista e construir uma economia socialista planificada.
Neste 1º de Maio, chamamos à unidade dos comunistas e dos lhes operários avançados sob as bandeiras do marxismo-leninismo e do internacionalismo proletário, para construir fortes Partidos e organizações comunistas onde não existam, desenvolver os existentes e fortalecer a unidade internacional do proletariado revolucionário.
Viva o 1º de Maio, dia internacional de solidariedade e luta dos proletários de todo o mundo!

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