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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 20, 2015

CAMINHO SEM VOLTA - Os últimos 50 anos passamos praticamente submissos à louvação ao imperialismo norte-americano


CAMINHO SEM VOLTA - Os últimos 50 anos passamos praticamente submissos à louvação ao imperialismo norte-americano. A conexão Brasil-China é algo espetacular sob a ótica brizolista.. www.pdt.org.br/…/delegacao-do-pdt-encerra-visita-oficial-de…
Registra a história que o presidente João Goulart foi deposto em 1964 sob a falsa ameaça de que estaria pretendendo implantar o comunismo no país. O Dossiê Jango e vários outros documentários como estewww.youtube.com/watch?v=OzOXz-fnx58 provam que suas Reformas de Base seguiam o legado do presidente Getúlio Vargas, no qual a presidente Dilma Rousseff deve se inspirar.
‪#‎BrasilChina‬: Entre diversos atos celebrados por Dilma Rousseff e o primeiro-ministro chinês Li Keqiang está o crédito cedido por bancos chineses que permitirá à Petrobras desenvolver atividades nas áreas de petróleo, gás e hidroeletricidade. A presidenta destacou que a cooperação contribuirá para o fortalecimento do pré-sal, projeto que já conta com a parceria expressiva de empresas chinesas. Leia mais: goo.gl/fs0ZyL

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