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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 13, 2015

Brasil y Uruguay iniciaron este lunes su comercio bilateral sin necesidad de recurrir al dólar norteamericano.

Tras el anuncio a principios de mes de noviembre de la firma del acuerdo del Sistema de Pagos en Monedas Locales (SPML), los gobiernos de Brasil y Uruguay iniciaron este lunes su comercio bilateral sin necesidad de recurrir al dólar norteamericano.
El acuerdo, firmado el pasado 2 de noviembre por los presidentes del Banco Central brasileño, Alexandre Tombini, y su homólogo uruguayo, Alberto Graña, con motivo de la XXVIII Reunión de Presidentes de Bancos Centrales de América del Sur que tuvo lugar en Lima(Perú) ha sido interpretado en ambos países como un gran avance para el reforzamiento del comercio intrarregional.
“El convenio es fruto de una larga negociación dentro del marco de los países de Mercosur y también de las estrategias globales del bloque BRICS”, declaró a Sputnik el profesor de Relaciones Internacionales de la Universidad Federal de Río de Janeiro (UFRJ), Francisco Carlos Teixeira da Silva.
En su opinión, la medida es un “paso adelante” en la independencia monetaria de los países latinoamericanos y “la mejor forma que tienen los países de América del Sur de esquivar los antiguos mecanismos de regulación económica impuestos por los Estados Unidos”.
Además, Teixeira lamentó que la medida no haya podido ser ampliada a la vecina Argentina debido a “los problemas con la devaluación del peso argentino” y la “complicada situación de impago parcial de su deuda externa”, en referencia a los llamados “fondos buitres”.
Por último, el profesor vaticinó que si la experiencia del SMPL es un éxito, es “más que probable que su uso se extienda a países como Paraguay, Bolivia o Venezuela”.
Por su parte, el doctor en Economía de la Universidad de Sao Paulo, Alex Luiz Ferreira, apuesta por una desregulación del mercado del cambio que, a su juicio, “haría que el real brasileño emergiese probablemente como un medio de cambio y reserva de valor en el cono sur”, señalando que esta situación “beneficiaria a todos”, en clara referencia a Uruguay y especialmente Argentina.
Sin embargo, ambos especialistas consideran que la utilización de una divisa común diferente al dólar norteamericano para el comercio de los países que componen Mercosur (Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay y Venezuela) y sus asociados (Bolivia, Chile, Colombia, Ecuador y Perú), es todavía hoy muy remota desde cualquier punto de vista, ya sea político o económico, debido a la enorme disparidad y contextos sociopolíticos de los países implicados.
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