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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 20, 2015

"Sin Latinoamérica, el español sería una pequeña lengua europea"


.RT / wikipedia.org
El historiador, ensayista y crítico literario mexicano Christopher Domínguez Michael establece que sin América Latina "el español sería una pequeña lengua europea". "Si contamos del modernismo hasta ahora, tenemos 120 años de una riqueza literaria excepcional, incluso superior a la de España", sostiene.
Christopher Domínguez Michael, historiador y actual miembro del consejo editorial de la revista 'Letras Libres', afirma que "sin Latinoamérica, el español sería una pequeña lengua europea" en defensa de que la literatura de América Latina "no es una literatura, en absoluto, marginal", informa el periódico chileno 'La Tercera'.
"Hace más de un siglo, la literatura latinoamericana es una de las más importantes del mundo. Si contamos del modernismo hasta ahora, tenemos 120 años de una riqueza literaria excepcional, incluso superior a la de España", declara el crítico literario, añadiendo que "la literatura latinoamericana es grande tanto en calidad como en cantidad".
En relación a su reciente libro 'Octavio paz en su siglo', una biografía del Premio Nobel de Literatura en 1990, publica en su prólogo que "gracias a él, nos sentíamos contemporáneos de la Revolución mexicana y de la Revolución rusa, del siglo de las vanguardias que se bifurcaron en guerra y en sueño". "Es un tipo de intelectual del siglo XX que desapareció. Tendremos otro tipo de intelectuales, pero como Paz o Günter Grass ya no los vamos a tener", sostiene.
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*RT

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