Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, maio 14, 2015

China investirá R$ 160 bilhões no Brasil

peking-opera-1

Sorry, paneleiros. China investirá R$ 160 bilhões no Brasil

Well, well, well…
O barulho das panelas atravessou o planeta e chegou ao outro lado do mundo.
Só que o gigante chinês achou que o ruído era de entusiasmo por sua decisão de apostar alto no Brasil.
O primeiro ministro vem aí, semana que vem.
Mas já anunciou um acordo que significará investimentos aqui da ordem de R$ 160 bilhões, em infra-estrutura, energia, indústria, mineração.
Parece que o desejo dos zumbis midiáticos, resumidos pela ex-amante de Youssef, de promover “desemprego, recessão”, para “acabar com a corrupção”, não será atendido.
A guerra contra a corrupção continua a todo o vapor, como nunca tínhamos visto antes, e a Operação Zelotes, aquela que a mídia não gosta porque ela mesmo é a criminosa, está aí para provar.
Mas o sonho de manipular a luta contra a corrupção para dar um golpe de Estado, como querem os procuradores da Lava Jato, talvez tenha de ser adiado.
*
China anuncia investimento de 160 bilhões de reais no Brasil
Postado em 13 de maio de 2015 às 7:14 am
Do globo (via DCM):
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, chega ao Brasil somente na próxima terça-feira, mas um entendimento já foi selado. Brasil e China assinaram um acordo-quadro sobre investimentos e cooperação econômica no valor de 160 bilhões de reais nas áreas de energia, mineração, obras de infraestrutura e manufatura.
O documento será firmado na próxima terça-feira, durante a visita de Li. E, segundo uma fonte envolvida diretamente no assunto, o acordo terá como signatários, de um lado, o Ministério do Planejamento e, de outro, a Chancelaria da China. Sua implementação será apoiada financeiramente por memorando de entendimento entre a Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC).
Além de Brasília, o primeiro-ministro irá ao Rio de Janeiro. Existe, ainda, a possibilidade de Li visitar a usina de Belo Monte, no Pará, da qual a estatal chinesa State Grid participa com a construção de uma linha de transmissão.
Além de investimentos, existe a expectativa de um acordo sanitário que libere as exportações brasileiras de carne bovina ao país asiático. A entrada de carne brasileira in natura no mercado chinês tem sido feita por Hong Kong, de forma irregular.
*Ocafezinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário