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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 16, 2015

Para se livrar da cadeia, Fernandinho Beira-Mar deve se filiar ao PSDB


Só há uma porta para Fernandinho Beira-Mar sair da prisão pela porta da frente, entrar no PSDB. Não consta que seja dele o helipóptero. Se ele fosse funcionário da Assembleia Legislativa de Minas transportasse 450 kg de cocaína muito possivelmente seria candidato a senador, presidente. Sem filiação partidária, ao contrário deFHCAécio Neves, Zezé Perrella, amargará 120 de prisão. Os assassinatos cometidos são muito parecidos com assassinatos de reputação por notórios criminosos, como Alberto Youssef. Acuse Lula ou Dilma e logo será escolhido para herói. Pó pará, Fernandinho! Assim, sem o parecerista do PSDB pelo Impeachment, mortoMauro Chaves, não terás salvação.
Não sei se seria possível, mas talvez devesse trocar seu advogado. Tenho uma dica:
– Fale com Jorge Pozzobom, Fernandinho. Ele tem uma dica perfeita para livra-lo da prisão!

Beira-mar pega 120 anos por mortes em Bangu

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Traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi condenado a 120 anos de prisão pelo homicídio de quatro rivais no presídio de Bangu 1, em 11 de setembro de 2002, no Rio de Janeiro, mortos durante uma rebelião; com a sentença, ele acumula um total de 253 anos e seis meses de prisão e ainda responde por outros crimes
14 de Maio de 2015 às 05:47
247 – O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi condenado a 120 anos de prisão pelo homicídio de quatro rivais no presídio de Bangu 1, em 11 de setembro de 2002, no Rio de Janeiro.
A sentença foi proferida na madrugada desta quinta-feira (14) no Tribunal de Justiça do Rio, pelo juiz Fábio Uchoa.
Beira-Mar foi condenado por homicídio duplamente qualificado contra quatro detentos: Ernaldo Pinto Medeiros, Carlos Alberto da Costa, Wanderlei Soares e Elpídio Rodrigues Sabino, mortos durante uma rebelião.
"Na presente empreitada criminosa, o réu agiu com intensa culpabilidade, na medida em que exercia uma posição de notório comando junto à famigerada facção criminosa denominada Comando Vermelho e, após a execução das vítimas, dirigiu-se até elas para obviamente conferir a execução das vítimas e nesse momento selecionando e poupando ao seu bel prazer, as vidas dos demais sobreviventes da quadrilha rival, denominada ADA – Amigos dos Amigos".
Com a sentença, o traficante acumula um total de 253 anos e seis meses de prisão no Rio de Janeiro. Ele ainda responde por lavagem de dinheiro, contrabando e associação para o tráfico internacional de drogas.

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