Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 27, 2015

segurança é um dos assuntos principais da cooperação dos países membros do grupo BRICS, sublinha o presidente russo.

Vladimir Putin durante encontro com representantes dos BRICS responsáveis pela segurança, em 26 de maio de 2015.

Putin: BRICS aceitam lidar com desafios internacionais

© Sputnik/ Aleksei Nikolsky

A segurança é um dos assuntos principais da cooperação dos países membros do grupo BRICS, sublinha o presidente russo.
Durante o encontro com os representantes dos BRICS responsáveis pela segurança dos seus respectivos países, Vladimir Putin disse:
"É óbvio que para a nossa organização, para os BRICS, isso [a cooperação na área de segurança] é uma direção importante das ações, tendo em conta os desafios que tanto a comunidade internacional, como os nossos países enfrentam hoje em dia".
Entre as tarefas concretas precisadas por Putin estão o combate ao crime organizado, luta contra o terrorismo e contra os crimes financeiros.
Segundo o presidente russo, os BRICS ficam ainda mais unidos pelos desafios com os que têm que lidar. Além dos citados, os desafios incluem ameaças internacionais por causa de "infrações do direito internacional" e de "violações da soberania de diferentes Estados".
Comentando o problema do terrorismo internacional, o presidente russo frisou o papel das intervenções militares que frequentemente precederam a ativação de grupos terroristas em determinadas regiões do mundo:
"Sabemos o que está acontecendo, digamos, no Oriente Médio, no Norte da África, sabemos dos problemas ligados à organização terrorista que usurpou o direito de se chamar de "Estado Islâmico". Mas nos países em que está prosperando [esta organização], não houve terrorismo até que aconteceu uma intervenção externa, não sancionada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. É evidente que as consequências são duras. É urgentemente necessário um ajuste de tudo o que tem acontecido no palco internacional".
Mais cedo nesta terça-feira (26), os representantes dos BRICS responsáveis pela segurança tinham realizado um encontro em Moscou. Durante o evento, eles ressaltaram a importância da infraestrutura econômica e financeira internacional que está sendo criada pelos BRICS, com o Novo Banco de Desenvolvimento e o Arranjo Contingente de Reservas, que a Rússia já ratificou e o Brasil espera a decisão do Senado para ratificar.
A necessidade de desenvolver laços na área de defesa e segurança também foi sublinhada.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150526/1123504.html#ixzz3bJ5owqtZ

Nenhum comentário:

Postar um comentário