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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 04, 2015

Homens vagínicos os tucanos são.

Sorrindo, Dilma Rousseff revelou ao mundo a carranca vagínica da oposição

 do GGN





FÁBIO DE OLIVEIRA RIBEIRO
Em razão da multiplicação dos abusos jornalísticos, políticos, judiciários e parlamentares nesta semana resolvi hoje fazer algumas comparações. Aviso desde logo que elas serão todas abusivas.
Costa e Silva era alcoólatra e viciado em jogo, mas não usava tanta cocaína como Aécio Neves.
João Batista Figueiredo era valentão e tinha mais escrúpulos democráticos que Eduardo Cunha.
Instigado pelo embaixador dos EUA, Castelo Branco rasgou uma Constituição. Apesar disto, ele nunca cogitou entregar o nosso petróleo aos norte-americanos como José Serra.
Armando Falcão nunca tinha nada a declarar. Nada do que Eduardo Cardoso declare será levado a sério pelos seus subordinados na Polícia Federal.
Ibrahim Abi-Ackel caiu em desgraça em razão de ter sido acusado de traficar pedras preciosas. 450 quilos de cocaína num helicóptero do Perella e ele nem mesmo foi denunciado.
Emilio Garrastazu Médici governou com mão de ferro, seus esbirros quebraram ossos para o Brasil construir estatais. FHC governou mão de gato, privatizou as estatais a preço de banana, enriqueceu os amigos dele e quebrou o país três vezes.
O militar Jarbas Passarinho destruiu a educação universitária que o operário Lula procurou fortalecer.
Unidos no sadismo para fazer a democracia sangrar no Congresso Nacional, Aloysio Nunes (ex-terrorista de esquerda) e Jair Bolsonaro (terrorista de direita frustrado) evocam a imagem de Sérgio Fernando Paranhos Fleury. O delegado do terror colocou seus instintos sádicos a serviço de uma Ditadura Militar e seus duplos fazem isto em benefício próprio.
Os Comandantes das Forças Armadas rejeitaram publicamente dar o golpe de estado muito desejado por FHC, Aécio Neves, José Serra, Eduardo Cunha, Jair Bolsonaro e outros de calibre igual ou pior. Empresas de comunicação que apoiaram os ditadores e lucraram com a Ditadura atacam ferozmente Dilma Rousseff porque ela ousou derrotar democraticamente seu adversário. "Ela governa e se recusa a renunciar!" rosnam diariamente os jornalistas.
A dívida externa é História para os brasileiros nascidos na última década. A inflação galopante deixou de existir. Há universidade para ricos e pobres. O desemprego é moderado e tende a estabilizar ou reduzir. O crescimento econômico é esperado pelos empresários alemães, japoneses e chineses que investem no Brasil. O petróleo do Pré-Sal é uma poupança que começa a ser sacada do fundo do oceano pela Petrobrás. As reservas cambiais do Brasil são consideráveis. As Forças Armadas estão sendo modernizadas. O Brasil adquiriu um status que nunca teve na arena internacional. No seu melhor momento o país enlouquece, porque um punhado de birutas quer governar sem ter ganho a eleição.
Eu, que nasci em 1964, fui vítima da ditadura em 1967, cresci num país odiado dentro e fora de suas fronteiras, amadureci sendo torturado pela inflação e perseguido pelo desemprego, estou bem a vontade para dizer o que penso. Vou vivendo, observando e rindo desta nova loucura nacional. O sucesso e o fracasso são incapazes de afetar a alma do Brasil. Nosso país padece de um mal qualquer que se revela nas tragédias cotidianas e se esconde nos discursos judiciários. Nunca entendi o Brasil. Não o entendo agora e provavelmente vou morrer sem conseguir entendê-lo.
Entre o “ser em si” e o “ente do ser” (a imagem que dele é vista) há um abismo. O Brasil não é “ser para si”, nem “ente do ser” de qualquer outro país. Vivemos num abismo e nossas vidas vão sendo desorganizadas de maneira abismática pela irracionalidade da oposição e da imprensa.
As meninas sofrem por causa da ausência do pênis que não tem, dizem os psicólogos. Os homens que citei não despertam inveja em ninguém. Alguns deles, contudo, invejam intensamente a mulher que, por seus próprios méritos, foi reeleita presidenta contra tudo e contra todos. Num país normal isto não faria sentido. No Brasil isto pode fornecer uma explicação pouco usual para a essência nacional.
O vazio abissal que se apoderou das existências dos políticos da oposição os faz sofrer pela ausência da vagina presidencial. Eles não querem copular com a presidenta e sim roubar a vagina dela. Homens vagínicos os tucanos são. E aqueles que se mostram mais machões são justamente os menos viris. Nesse contexto, conseguimos enfim começar a entender como e porque surgiram os famosos adesivos da presidenta se expondo à penetração das mangueiras de gasolina.
*GilsonSampaio

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