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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, setembro 05, 2010

Do Álvaro pode-se esperar tudo, menos alguma coisa inteligente.







Álvaro Dias, o que foi sem nunca ter sido, andava meio escondido e afastado da campanha de José Serra, após ser preterido, e ver um aprendiz de "cacique" tomar seu lugar na chapa de Serra, onde seria o vice.
Mas, surgiu esse caso de "vazamento", e Álvaro Dias (que não é bombeiro hidraulico, mas de "vazamento e infiltração entende bastante), resolveu reaparecer. Sentou-se hoje ao lado do ultra-direitista Indio de Boutique da Costa, e do falso ex-comunista Roberto Freire, tinha um terceiro figurante na mesa, mas, a minha memória deletou.
Entre as muitas sandices ditas, por Indio (de boutique) e Freire, coube a Álvaro Dias, a maior de todas. Assumiu um ar professoral e lascou.
- "Uma única questão e pergunta, se Mônica Serra não fosse filha de quem é, teria ela o sigilo violado ?".
Álvaro ouviu o Indio apitar e não sabe onde, pois além de Mônica, quase 140 pessoas tiveram suas declarações de Renda invadidas. Então, só por isso a pergunta de Álvaro merce entrar para o rol das baboseiras.
A oposição não vê, que a forma como trata do caso, e a exploração eleitoral para além do que seria cabível, banaliza o assunto, e torna um fato grave, que precisa ser apurado pela autoridade fiscal e policial, em algo que satura, que toma ares de armação, deixando a clara impressão de que, eles, os supostamente "violados", estão gostando do que aconteceu, ao ponto de levantarem fortes suspeitas.
A charge do cartunista, publicada em O Dia, mostra bem a má impressão que Serra, seus aliados e parte da imprensa estão deixando, com a forma apelativa e cansativa com que enfocam a questão.
Ninguém aguenta mais isso, e não rendeu um único voto para Serra, pelo contrário, as pesquisas mostraram que Dilma cresceu e Serra encolheu, apesar de todo esse tiroteio e da manipulação feita pela imprensa.
*comtextolivre

Como o jenio trata a imprensa:
a grana


A Veja trata ele de "elite da elite". Por que será ?

O Conversa Afiada publica e-mail do amigo navegate Leandro Fortes:

Leandro Fortes:

Confira a nova, impressionante pesquisa do NaMaria News sobre o toma-lá-dá-cá da educação no governo do PSDB em SP: http://bit.ly/aDzrGu

O toma-lá-dá-cá da Educação de SP, a imprensa e as eleições 2010


No dia 16 de julho de 2010, o Secretário de Educação de São Paulo, Sr. Paulo Renato Costa Souza, mandou a FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) assinar o seguinte negócio (publicado em 21/julho no DO):

Contrato: 15/00062/10/04
– Empresa: Empresa de Publicidade Rio Preto Ltda.
– Objeto: Aquisição pela FDE de 200 assinaturas anuais do Jornal “Diário da Região” destinados às escolas da Rede de Ensino da Região de São José do Rio Preto, do Estado de São Paulo – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 65.160,00

No mesmo jornal Diário da Região, em 25 de agosto passado, aparece a matéria Aloysio e o desafio de se tornar conhecido, cuja imagem grandiosa – pedindo votos ao seu genuíno latifundiário filho da terra – pode ser vista abaixo:

(…)

Para o bom entendedor, uma assinatura basta

Há que ser justo neste vale de lágrimas. Há que se publicar as outras compras de mesma natureza feitas até o momento, pelo Secretário Paulo Renato de Souza, que servirão como incremento pedagógico nas escolas paulistas. Todas sem necessidade de licitação, é óbvio.

(…)

Um ninho amigo para os amigos

Além de comprar de tudo em todo Estado de SP, não faltaram negócios com a grande imprensa. Já mostradas neste humílimo blog, entidades como Estadão, Folha, Veja etc., foram gentilmente agraciadas, de novo, pelo desvairado pacotaço e permanecerão nas escolas públicas por mais um ano (compare quantidades e valores de 2009). Alvíssaras!

A pergunta que fica é por que a Carta Capital nunca, jamais, em tempo algum mereceu as mesmas benesses do Estado? Estranho, né não?

Outra: quem mais se beneficia com tais “ações pedagógicas”?

Olha só que meiguice:

* 27/maio/2010 (também publicado em 26/maio)
Contrato: 15/00548/10/04
– Empresa: Editora Brasil 21 Ltda.
– Objeto: Aquisição de 5.200 Assinaturas da “Revista Isto É” – 52 Edições – destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 1.203.280,00
– Data de Assinatura: 18/05/2010.

* 28/maio/2010
Contrato: 15/00545/10/04
– Empresa: S/A. O ESTADO DE SÃO PAULO
– Objeto: Aquisição de 5.200 assinatura do Jornal “o Estado de São Paulo” destinado as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 2.568.800,00
– Data de Assinatura: 18/05/2010.

* 29/maio/2010
Contrato: 15/00547/10/04
– Empresa: Editora Abril S/A
– Objeto: Aquisição de 5.200 assinaturas da Revista “VEJA” destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São de Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 1.202.968,00
– Data de Assinatura: 20/05/2010.

* 8/junho/2010
Contrato: 15/00550/10/04
– Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.
– Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal “Folha de São Paulo” para as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 2.581.280,00
– Data de Assinatura: 18-05-2010.

* 11/junho/2010
Contrato: 15/00546/10/04
– Empresa: Editora Globo S/A.
– Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas da Revista “Época” – 43 Edições, destinados as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 305 dias
– Valor R$ 1.202.968,00
– Data de Assinatura: 20/05/2010.


*CoversaAfiada

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