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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, setembro 14, 2010

Racismo






A imagem do ódio racial

© Foto de autor desconhecido. Um homem negro acusado de assalto a uma jovem branca é queimado após sofrer mutilações, após uma “comissão de linchamento” decretar sua morte. Omaha, Nebraska, EUA. 1919.

Em 1919, um afro-americano acusado de assalto a uma jovem branca, foi queimado e mutilado depois de ter sido julgado por uma "comissão de linchamento", que fez justiça pelas próprias mãos, em Omaha, Nebraska, EUA. Nos Estados Unidos, entre 1882 e 1951, foram registrados 4, 720 linchamentos populares. Três quartos dessas vítimas foram indivíduos afro-americanos de cor negra.
*ImagensVisions

Governo Lula/Dilma:pelo segundo ano, Brasil lidera ranking de combate à fome


O Brasil lidera, pelo segundo ano consecutivo, um ranking da ONG ActionAid que mede o progresso de países em desenvolvimento na luta contra a pobreza. O novo ranking foi divulgado nesta terça-feira (14) no relatório "Who's Really Fighting Hunger?" (Quem realmente está combatendo a pobreza?), em que a ONG analisa os esforços em 28 países para combater o problema.

A ONG considerou o desempenho dos países em categorias como presença de fome, apoio à agricultura em pequenas propriedades e proteção social. O Brasil é seguido por China e Vietnã. Em último na lista está a República Democrática do Congo.

Pequenas propriedades


Como em 2009, a ActionAid elogia as políticas sociais adotadas pelo governo federal para reduzir a fome no país, destacando os efeitos benéficos de programas como o Bolsa Família e o Fome Zero.

Entretanto, o relatório destaca o pequeno avanço do Brasil, em relação aos demais países emergentes estudados, na adoção de políticas de incentivo à agricultura em pequenas propriedades.

Nesse quesito, o documento coloca o Brasil na 26ª posição entre os 28 analisados, à frente apenas da República Democrática do Congo (27º colocado) e de Guatemala (28º).

"O governo (brasileiro) começou a investir muito mais na agricultura em pequenas propriedades. Entretanto, ainda há um longo caminho para acabar com a fome e reagir às imensas desigualdades históricas que existem entre os pequenos e grandes produtores", diz o relatório.

"O Brasil tem tido a tendência de concentrar seu investimento em agrobusiness, o que contribuiu para a concentração de terras nas mãos de um pequeno número de pessoas."

"O governo brasileiro (...) precisa evitar a promoção de biocombustíveis às custas da segurança alimentar, pois a expansão dos biocombustíveis está elevando o preço da terra e transformando plantações em combustível", diz o texto.

Prejuízo

O relatório da ActionAid também destaca que a fome causa um prejuízo anual de US$ 450 bilhões para os países mais pobres.

Segundo a ONG, dos 28 países emergentes analisados no relatório, apenas oito estão a caminho de conseguir cumprir, no prazo previsto, as metas de desenvolvimento do Milênio da ONU para a redução da fome. As metas preveem que, em relação aos níveis de 1990, os países diminuam pela metade o número de pessoas subnutridas e de crianças que estão abaixo do peso ideal até 2015.

"Lutar contra a fome agora vai custar dez vezes menos do que ignorar o problema. (Por causa da fome), todos os anos, a redução da produtividade dos trabalhadores, os problemas de saúde e a oportunidade perdida de buscar educação resultam num custo de bilhões para os países pobres", disse a presidente da ActionAid, Joanna Kerr. BBC Brasil.


78,4% aprovam o governo Lula.Popularidade de Lula é de 81,4%

Em plena campanha eleitoral, a avaliação do governo Lula bateu recorde na série histórica da pesquisa CNT/Sensus: 78,4% avaliaram como positivo a gestão do atual presidente. Desde setembro de 2009, a avaliação positivo do governo só vem aumentando – passou de 65,4% naquele mês para 71,4% em janeiro de 2010, chegando ao 77,5% na pesquisa do final de agosto.

O índice de eleitores que fazem avaliação negativa do governo Lula também é a menor da série: 3,9%, contra 4,6% da última pesquisa, divulgada no final de agosto. Os que avaliam o governo regular somam 15,9%.

O desempenho pessoal do presidente chegou a 81,4% nesta pesquisa. Desaprovam o desempenho pessoal do presidente 12,2%, enquanto 6,5% não souberam responder. O recorde de desempenho pessoal de Lula foi em janeiro de 2009, quando 84% dos entrevistaram fizeram uma boa avaliação nesta questão.

Na avaliação do presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade, Lula tem tão alta popularidade porque é visto como um “pai” pelos cidadãos.Ainda segundo Andrade, Lula está sabendo transformar essa boa avaliação de seu governo em votos para a sua candidata, Dilma Rousseff.

“É um mito. É uma pessoa que está sendo visto como pai. O Lula está jogando muito bem na campanha, é como se dissesse: está saindo o pai, mas eu estou colocando aqui uma mãe”, disse.

*amigosdopresidenteLULA



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