A arrogante Chevron não se desculpa ao Equador
A justiça daquele país condenou – em segunda instância – a Chevron a pagar uma indenização de US$ 9,5 bilhões pela poluição causada pela Texaco, seu antigo nome emprearial, por danos ambientais causados pela exploração descuidada de petróleo na região do Lago Agria, na Amazônia Equatoriana.
Era parte da condenação um pedido formal de desculpas aos cidadãos do país, que tinha prazo para ser feito até sexta-feira, sob pena de dobrar-se a condenação.
Neste dia, o porta-voz da empresa, James Craig, disse que ela não se desculpará, porque isso significaria uma admissão de culpa pela poluição.
Bem, a poluição está lá, e quem a teria causado? Os índios, por acaso, flecharam o chão e fizeram vazar petróleo? Ou foram extra-terrestres em busca de combustível para suas naves? Ou foi aquela história de “vazamentos naturais” com que tentaram nos levar na conversa quando apareceu o óleo no campo de Frade?
Mas a arrogância da Chevron não é gratuita. Eles tentam, nos Estados Unidos, invalidar a sentença da Justiça equatoriana sobre algo que se passou no Equador. “Estamos certtos que essa sentença não será executável em qualquer país que tenha um Estado de Direito”.
Tradução: acham que nenhum país do mundo aceitará uma ordem de arresto de bens ou valores da Chevron para honrar a sentença do Equador.
Afinal o que é são as leis de um país perto do poder de uma grande petroleira?
Quem sabe, vendo o que acontece com nosso vizinho, a gente coloque nossas barbas de molho, a partir desta semana, quando acaba o prazo para a apresentação do inquérito da ANP sobre o vazamento da Chevron no campo do Frade…
*Tijolaço
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