Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Cientistas descobrem possível tratamento contra o Alzheimer

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkEo5OMA1iOFqMELGvj5UsdxNc56aOiJlCdCCYMieU3hXAwHvV6sPVKuW5SbU3DJ7VShJrGsAz2GDsTwrTZ16BiXuAsT5nhR6ouopv4QKXf52oE4pJ6oXmIqXgbpX0dpjVeLbQp7oEh3Y/s1600/Alzheimer-disease_2.jpg
Um estudo publicado esta sexta-feira (10) no jornal Science conta resultados surpreendentes da droga Bexaroteno, já usada no tratamento contra câncer de pele


http://cdn.mundodastribos.com/wp-admin/uploads/2011/06/alzheimer-mal.jpg
Os testes estão programados para iniciar o quanto antes, mas levará tempo até que saibamos se ela pode atrasar o progresso do Alzheimer. Para uma doença que afeta uma enorme parcela da população, e sem nenhum tratamento, essa descoberta poderá ser um grande avanço 
http://www.underflash.com/wp-content/uploads/campanha-alzheimer-06.jpg
Todos nós esperamos envelhecer algum dia. Na medida em que vamos nos aproximando dos 80 anos, nossas chances de sofrer Alzheimer aumentam drasticamente. Quase 50% das pessoas acima de 85 anos podem ser afetadas por ela. Há progresso no entendimento da doença, que aparentemente é causada por “placas” que se formam no cérebro, mas ainda não existem tratamentos ou cura.
  http://www.diariodasaude.com.br/news/imgs/cerebro-alzheimer.jpg
 
Porém, um novo estudo pode oferecer a primeira esperança real para o tratamento. Na pesquisa publicada hoje no jornal Science, a equipe de pesquisadores liderados por Gary Landreth, da Universidade Case Western, e seu aluno graduado Paige Cramer, descobriu que um medicamento chamado Bexarotene apresenta efeitos surpreendentes em camundongos que sofriam de uma condição similar a pacientes com Alzheimer. Esses ratos possuem placas similares em seus cérebros, compostas de proteínas beta-amilóides, e apresentaram danos comportamentais e cognitivos iguais aqueles experimentados por vítimas de Alzheimer.
http://www.scientific.com.br/wp-content/uploads/2011/12/alzheimers.jpg 
Poucas horas após receberem Bexaroteno, as placas nos cérebros dos camundongos começaram a dissolver-se. Como consequência, dentro de alguns dias os ratos apresentaram a recuperação de habilidades cognitivas que haviam perdido. Em particular, eles recuperaram a habilidade de fazer ninhos, um comportamento que apenas ratos saudáveis possuem. Eles também readquiriram parte de suas habilidades olfativas.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx8_cNsqZ_PUPvzAR0pVLFLGh-_gjyB-5yo1chiCCau-xilVkpOlsOQmfy4X3n10fraRieZi6Qd1cvuf_pZqARymO_qg1OtLYc2HnatRfLD-SXnWo4guVmBH_gC-c94Q4KXnpqLv4OSvI/s1600/alzheimer.jpg 
Bexaroteno (TargretinTM) é uma droga aprovada para o uso em seres humanos no tratamento de linfoma cutâneo das células T, uma tipo raro de câncer de pele. Ele funciona bloqueando o gene RXR, que é envolvido na produção das proteínas beta-amilóides. Cramer, Landreth e seus colegas partiram da hipótese de que se o Bexaroteno pode ultrapassar a barreira sanguínea do cérebro, poderia auxiliar na dissolução das placas associadas ao Alzheimer. Aparentemente eles estão corretos.
  http://mundohoje.com.br/wp-content/uploads/2011/08/Alzheimer-dicas-evitar.jpg
Uma grande ressalva é que muitas drogas potencialmente úteis funcionam em camundongos mas falham em seres humanos. Essa droga é diferente, pois seu uso já é aprovado em humanos, mas nunca foi testada em pacientes com Alzheimer. Os teste estão programados para iniciar o quanto antes, mas levará tempo até que saibamos se ela pode atrasar o progresso do Alzheimer. Para uma doença que afeta uma enorme parcela da população, e sem nenhum tratamento, essa descoberta poderá ser um grande avanço.


Fonte: Universia Brasil/art&ilustration militanciaviva   


mviva


http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSo8jkouEdEbap28cc52Q3krC-8PjDbt3s_upmWOQ343ybzmAa3tPd9GUae.

Nenhum comentário:

Postar um comentário