Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Desafiando o império - barcos de guerra iranianos entram no Mediterrâneo

http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2011/02/22/article-1359478-0D4EB89C000005DC-113_634x396.jpg
Barcos de guerra iranianos entraram no sábado no Mediterrâneo após atravessar o canal de Suez na sexta-feira, anunciou o comandante chefe da marinha, o almirante Habibolá Sayyari, citado pela agência oficial "Irna".
http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTE9cOJ-WmGtvciXsT33WUGLkz4_ib-_f6Fjj8jJ9JEUJPrsAKRv3IAKGwxqA
Sayyari disse que a missão tem como objetivo passar "uma mensagem de paz e amizade" para os países da região e seria destinada também a "mostrar o poder da República islâmica do Irã".
http://www.csmonitor.com/var/ezflow_site/storage/images/media/images/0220_suez/9622481-1-eng-US/0220_Suez_full_600.jpg
As embarcações, um destróier e um navio de suprimentos, foram autorizados a seguir para a costa da Síria após passar por controle de militares egípcios.


A primeira operação de navios de guerra iranianos no Mediterrâneo desde a Revolução Islâmica de 1979, em fevereiro de 2011, provocou duras reações de Israel e os EUA.


  militanciaviva

Nenhum comentário:

Postar um comentário