Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Lição de paz - soldado israelense "esquecido" por colegas é devolvido pelos palestinos

http://www.rawstory.com/rs/wp-content/uploads/2012/02/israelisoldier-afp-615x345.jpg


O Exército israelense "esqueceu" um soldado durante uma operação na região de Ramallah, no território ocupado da Cisjordânia, e conseguiu recuperá-lo graças aos palestinos, segundo a imprensa de Israel.

As forças israelenses entraram na quarta-feira a bordo de um comboio em um vilarejo ao norte de Ramallah. Na saída deixaram um militar no local.

De acordo com a imprensa, os palestinos da localidade cercaram o oficial e o tranquilizaram, antes de acompanhá-lo até um posto militar israelense, onde se reuniu com os soldados de sua unidade que haviam sido advertidos sobre o incidente.
O Exército israelense abriu uma investigação sobre o episódio.


 Nota do Militanciaviva: 
Tomara que este fato sirva de reflexão para os jovens militares invasores israelenses, que ocupam ilegalmente o território palestino, no sentido de serem menos cruéis, covardes e violentos na repressão contra  os meninos e meninas da resistência árabe.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHRoi9i2C907kwqB2VTpiyvHLRyFRMBx0_3_Dob7ZtUi2KT0MCL9N8_EdlBuTVQEHmNiz99UhAu0nrLQLp2soDtzSSK-QOQGSVhJI-duuFPwsbSjoLhwy66Uxsl03z4_r5rCHqOyadjeQ/s1600/child-of-about-8-years-age-beaten-by-an-israeli-soldier-in-jerusalem-source-al-ayyam-reuters-kawther.jpg

Jornal do Brasil on line
*Militânciaviva

Nenhum comentário:

Postar um comentário