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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, fevereiro 11, 2012

Presidenta Dilma fala nos 32 anos do PT kassab nãooooooooooo



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*Militância

Kassab é vaiado em evento do PT em Brasília




Bem feito!  Parabéns, Marta!

 
O prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, foi vaiado na noite desta sexta-feira ao ser anunciado durante encontro nacional do PT, que acontece em Brasília.

 
Kassab foi convidado pela direção do partido para o encontro. Segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, todos os partidos da base aliada receberam convite para participar da cerimônia de 32 anos da sigla. Além de Kassab, também está presente o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.
Durante os discursos dos petistas, surgiram em meio ao público gritos de "Fora Kassab". Depois de algumas manifestações contrárias, ecoou um tímido "Viva, Kassab" entre os militantes. Até então com cara fechada e sem aplaudir os discursos petistas, o prefeito sorriu e atirou um beijo para a presidente Dilma Rousseff.
O prefeito de São Paulo ensaia aproximação com o PT, que fez oposição ao seu governo nos últimos sete anos, para a sucessão municipal deste ano. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido o principal articulador do entendimento, que prevê Fernando Haddad como candidato a prefeito pelo PT e um vice indicado por Kassab.
A movimentação divide o partido e ameaça afastar da campanha a senadora Marta Suplicy. Em reunião do diretório nacional na última quinta-feira (9), ela disse que temia "acordar de mãos dadas" com o prefeito.
A senadora preferiu não comparecer ao encontro do PT nesta sexta e mandou uma nota que foi lida pelo cerimonial.

 
No texto, ela diz que o partido deve manter sua trajetória de mais de três décadas: "fazer valer nossas bandeiras sem abrir mão de nossos princípios

 
No mesmo evento, o ex-ministro José Dirceu, ex-presidente do PT e réu do processo do mensalão, foi bastante aplaudido e recebido com o coro "partido é dos trabalhadores".

 
Dilma, que também participa do evento, foi recebida com gritos de " Olê, olê, olá, Dilma". Já Lula não pode comparecer porque está em tratamento contra um câncer na laringe e foi desaconselhado por médicos.
Além da presidente, participam do encontro 18 ministros do governo. 
*Oterrordonordeste

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