Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Transnordestina será caminho de desenvolvimento, diz presidenta em visita às obras


Navalha


Na visita às obras de construção da Ferrovia Transnordestina, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (9), na cidade de Parnamirim (PE), que o governo federal vai trabalhar para que o empreendimento seja feito sem interrupções. Os prazos, disse, devem ser cumpridos para que a Transnordestina esteja concluída em 2014. Para isso, governo e empresas privadas terão uma reunião para avaliar o andamento das obras.

Vamos acertar os nossos parafusos para que haja uma solução mais rápida, porque ela é de imenso interesse para a região. A Transnodestina funciona como um caminho de desenvolvimento. Onde tem ferrovia tem transporte acessível e barato, afirmou a presidenta em entrevista coletiva.

Além disso, segundo Dilma Rousseff, a Transnordestina vai impactar o transporte de grãos e minérios.

Queremos garantir que o interior do Brasil se ligue aos portos. Isso significa maior capacidade de comercializar a produção e explorar o potencial da região.


Qual o plano secreto da dupla Lula/Dilma ?
Acelerar o desenvolvimento fora do eixo Vargas-JK: o Sudeste e o Sul.
Dar músculo ao Nordeste e ao Norte.
Três ferrovias são centrais nesse plano.
Como diz a Presidenta, a Norte-Sul (que São Paulo boicotou no Governo Sarney) cortará o Brasil de “ponta a ponta”.
Ela se ligará, lá em cima, à Transnordestina, que sai de Eliseu Martins no Piaui, vai até Salgueiro em Pernambuco.
De Salgueiro, ela sobe em direção ao Norte, até Pecém, no Ceará.
E segue em frente em direção a Suape, em Pernambuco.
Estuda-se um ramal até Natal, ou melhor, até o grande aeroporto de São Gonçalo do Amarante, um gigantesco hub de carga, o ponto mais próximo do Brasil da África e de Miami.
Mais ao Sul, paralela à Transnordestina, correrá a Ferrovia Leste-Oeste, na Bahia.
Ela sai de Ilhéus, no litoral, vai para dentro a Luis Eduardo Magalhães e Caitité, no Oeste da Bahia.
Se o Ministerio dos Transportes tivesse um mínimo de imaginação, chamava essa Leste-Oeste de “Ferrovia da Gabriela”, com um ponto terminal no Bar Vesúvio, em Ilhéus …
A Presidenta prometeu concluir a Transnordestina em 2014.
Vai ficar de olho com o rigor que anunciou aos empreiteiros da transposição do rio São Francisco.
Quando os tucanos de São Paulo abrirem os olhos, o trem da Dilma já terá passado.
(Por falar em tucanos de São Paulo, os únicos que dão bola ao PiG (*), veja que os brasileiros nunca estiveram tão confiantes)
Paulo Henrique Amorim

Nenhum comentário:

Postar um comentário