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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, maio 03, 2012

Eu já disse isto inúmeras vezes: Boicote

Boicote!


O boicote de consumidores ainda não é comum no Brasil, mas já é fato corriqueiro em países europeus e nos Estados Unidos, onde a nossa elite branca se inspira diga-se de passagem. Lembro-me das donas de casa da Suiça, que nos anos 80 inspiravam consumidores do mundo todo controlando preços com a boa e velha Lei da oferta e da procura. Bastavam os preços subirem para elas imediatamente deixarem de comprar determinado produto. Na semana seguinte tudo voltava ao normal. Nos anos 90, com a crise da indústria automobilística americana, muitos deixaram de comprar veículos japoneses e coreanos para não exportar empregos e lucros o que, de alguma forma, ainda que mais modestamente, também funcionou. Portanto, considerei importante, não só o título da postagem, mas o comentário que segue abaixo, ambos do João Barbosa, que encontrei no Blog da Cidadania, do Parceiro Edu Guimarães. Ele fez um levantamento completo de todos os anunciantes da Veja desta semana e sugere:
"Somente boicotando os anunciantes estes caras do PIG vão diminuir (nunca acabar) o assédio golpista. Poderíamos eleger uns 10 anunciantes e durante um mês/ano, boicotar esses camaradas. Exemplos, no mês de maio o boicote seria a empresa: Nivea. Em, junho a empresa: Ponto Frio. Em julho, seria a vez de boicotarmos a empresa: Cacaushow e assim por diante….
Seria interessante de se ver….pois a grande pergunta é: Porque estas empresas se associaram ao crime organizado???
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A Abreu/Soft Travel/Canadá Turismo patrocinam a #VejaBandida com 1 página de anúncio.
A Lipomax patrocina a #VejaBandida com 1 página de anúncio.
A Vivara patrocina a #VejaBandida com 1 página de anúncio.
A Hyundai @Ottoni_Brasil patrocina a #VejaBandida com 5 páginas de anúncio.
A CacauShow patrocina a #VejaBandida com 4 páginas de anúncio.
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Parar de consumir os produtos destas empresas……Isso sim, seria consumo consciente !!!"
João, você tem todo o meu apoio!
*AmoralNato

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