Ideb 2011 consagra o Brizolão
"A solução é o Brizolão , minha jovem". |
Saiu no Globo:
Entre as 5 melhores, dois Cieps do Rio
O Rio tem duas escolas entre as cinco melhores do Brasil, nos anos
iniciais do ensino fundamental. As duas são da rede municipal. O Ciep
Glauber Rocha, na Pavuna, ficou em terceiro lugar no país com o Ideb
8,5. A escola atende à crianças das comunidades Quitanda, Pedreira e
Lagartixa. Se hoje o colégio apresenta índices de excelência, nem sempre
foi assim.
A diretora da unidade, Ioliris Paes Alves, está há 17 anos no comando da
escola. Quando ela começou o trabalho, o colégio era alvo de
arrombamentos constantes.
— Já levaram até as panelas da merenda, mas fui atrás e recuperarmos.
Nossas principais bandeiras são trazer os pais para a escola, incentivar
a leitura e fazer reforço escolar — diz, destacando que não houve ações
revolucionárias, mas pequenas ações que fazem a diferença.
Para ela, deve-se dar atenção não só a bons alunos:
— Temos que conhecer as dificuldades de cada criança. Temos que ter um
olhar não só para o que desponta, mas para aquele que precisa de atenção
também.
A professora Edilsa de Souza Mello esteve com os alunos avaliados.
— Eu acreditava muito neles e trabalhamos. Fizemos até um grito de guerra antes da prova. Hoje nossa escola tem vida — lembra.
Em quinto lugar no país ficou o Ciep Pablo Neruda, na Taquara. O colégio
atingiu 8,3. Uma das responsáveis pelo resultado é a professora Maria
Celeste Pinto Mendes. Ela acompanhou as duas turmas avaliadas pelo
Ministério da Educação. Celeste adotou como tática a aplicação de
simulados. Foram treze antes da prova do governo:
Todos queriam gabaritar as provas porque eu dava pequenos brindes. Uma
vez, dezesseis alunos gabaritaram. A gente trabalha e gosta de desafios.
O resultado do Ideb 2011 foi es-pe-ta-cu-lar !Nas duas etapas do Ensino Fundamental – até o 5º ano e até o 9º ano – o Ideb 2011mostra que, na primeira, a média 5 ficou acima da meta (4,6); e, na segunda, a média 4,1 ficou acima da meta (3,9).No ensino médio, a evolução foi mais lenta.Passou de 3,6 em 2009 para 3,7 em 2011, exatamente o alvo da meta.Que bom, não?Significa que o progresso parte de baixo e, inevitavelmente, se reproduzirá nas etapas seguintes, com o aperfeiçoamento da Educação, especialmente a pública, ou seja, a dos pobres.Não é preciso dizer que o PiG transformou esse resultado es-pe-ta-cu-lar numa tragédia, a começar pelo trabalho da editoria “o Brasil é uma m…”, do jornal nacional.A Folha, que exibe um dos mais indigentes padrões de Educação do PiG, diz na manchete: “Novos dados ruins (sic) fazem MEC mudar ensino médio”.(O que a Folha deveria fazer mudar seu jornalismo no Fundamental e no Médio era copiar o New York Times e trocar o Otavinho pelo publisher da BBC.)O Conversa Afiada aproveita a oportunidade para, outra vez, louvar o grande estadista Leonel de Moura Brizola.Ao lado de Darcy Ribeiro e com mão de Oscar Niemeyer, ele criou o Brizolão.A escola plantada nas regiões mais pobres, em tempo integral.Roberto Marinho combateu o Brizolão ferozmente, como fazem seus filhos hoje (eles não têm nome próprio) em relação a qualquer iniciativa que dê ao pobre a chance de subir na vida.O argumento central de Roberto Marinho era que a obra de Brizola ia criar uma geração de desajustados: o garoto passava o dia no bom-bom do Brizolão e, quando voltasse para casa, mergulhava de novo na penúria.Um deslocado, um meliante em potencial – ia a argumentação.(E o Mino ainda diz que a elite de São Paulo é a pior do Brasil. É porque ele não conhece a do Rio.)O candidato de Roberto Marinho à sucessão de Brizola, Wellington Moreira Franco – não foi o Miro Teixeira … – prometeu na campanha preservar os Brizolões.E, no poder, tratou de desmontá-los.Hoje, Wellington faz parte do Panteão da Ética do PMDB, o partido que não deixa o Caneta depor na CPI.Está aí, viva, a Obra de Brizola.Quem definha, deslocada, é a Globo.O Brizolão realizou o sonho da Escola Nova, de Anisio Teixeira.Pouco a pouco, sob a inspiração de Brizola, Darci, Teixeira e Paulo Freire, os governos trabalhistas (Dilma começou Brizolista, não é mesmo, amigo navegante? Nenhum Presidente construir mais escolas do que o Nunca Dantes) começam a educar de baixo para cima e levam o pobre à Universidade.Com as cotas raciais e as cotas para escolas públicas.Para desespero do Roberto Marinho, seus filhos (que não têm nome próprio) e seus merválicos “escrevinhadores”.Em tempo:Observe, amigo navegante, o nome dos Brizolões de Excelência.Glauber Rocha e Pablo Neruda.Fosse em São Paulo se chamariam Di Genio e Paulo Renato.Paulo Henrique Amorim
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