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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, agosto 08, 2012

Maconha pode ser usada no combate do câncer.


Foto reprodução | Globo News/TV Globo.
O uso da maconha como alternativa segura no combate de várias doenças gera polêmica. Uma reportagem especial exibida no canal “Globo News” abordou o assunto.
Segundo o doutor José Ribamar Moreno, anestesista com especialização em dor, na década de 70 a maconha era utilizada pela comunidade médica sem restrição, mas a partir de então se detectou problemas, e principalmente os sociais.  O médico explica: “Os efeitos colaterais mais comuns são os psicotrópicos e os efeitos sobre sistema nervoso automico ou cardiovascular”.
Por outro lado em Israel, o movimento que apoia o uso da maconha ganha espaço com a defesa dos cientistas do uso da substancia como uma alternativa segura e barata contra várias doenças, como Parkinson, câncer, epilepsia, glaucoma e artrite reumatóide.
O país tem tradição no estudo da maconha medicinal, pois em 1964, um cientista israelense foi o primeiro a descobrir a substância da planta responsável pelo "barato", o THC.
Hoje, a novidade é o uso da cannabis sem o THC, para estimular a propriedade antiinflamatória do canabidiol sem o efeito alucinógeno. “Nosso objetivo é observar se o extrato de cannabis vai reduzir ou liquidar com as propriedades inflamatórias da célula”, explica a professora de imunologia israelense Ruth Galili.
No laboratório da Universidade de Jerusalém, a professora já testou os efeitos de canabidiol em ratos com quatro doenças: diabetes tipo 1 e 2, artrite reumatóide e isquemia cardíaca. Segundo a professora, a planta agiu “como uma mágica”, atuando sobre cada sintoma das doenças nas cobaias.
Já há um grupo de 20 pacientes, que antes utilizava maconha tradicional, agora testando a planta sem THC. Ali é um jovem israelense que sofre da doença de Crohn e nesse ano começou o tratamento com a maconha com alta quantidade de canabidiol, também conhecida como CBD. “Se eu não fumo eu não posso realizar as tarefas mais simples como trabalhar ou ir à praia. Quando fumo o CBD, a dor vai embora e posso fazer tudo. Trabalho em casa, faço faxina”, disse Ali.

Mas, ainda há só um ponto de venda de maconha medicinal em Israel para pacientes liberados pelo Ministério da Saúde. Segundo essa organização distribuidora, mais 8 mil pacientes usam algum tipo de maconha medicinal no país, mas ela costuma ser o ultimo recurso considerado.

do blog Momento Verdadeiro


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