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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, agosto 08, 2012

Valdemiro abençoa candidatura de tucano à prefeitura de São Paulo

 


José Serra
José Serra compareceu a um 
culto do chefe da Igreja Mundial
Valdemiro Santigo abençoou no domingo (5) José Serra (foto), candidato pelo PSDB à prefeitura de São Paulo. Serra participou de um culto, deixando-o antes do seu término.

O chefe da Igreja Mundial pediu aos fiéis que rezassem “pela carreira e pelo coração” do Serra e do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que também estava presente.

Serra ouviu depoimento de fiéis sobre supostas curas milagrosas, de acordo com relato do Estado de S.Paulo. O candidato também ouviu Santiago pedir dinheiro aos fiéis.

A corrida dos candidatos a prefeito de São Paulo pelo voto dos evangélicos se acelerou depois que o Datafolha apurou que 65% dos participantes da Marcha para de Jesus admitiram que vão levar em conta a indicação dos pastores no momento da votação. Desse total, 31% afirmaram que “com certeza” votarão no candidato apoiado pela sua igreja.

Serra já tem o apoio dos líderes da Convenção Geral da Assembleia de Deus, mas não conseguiu a adesão da ala da denominação controlada pelo Ministério Madureira.

Na pesquisa mais recente do Ibope, Serra estava empatado em primeiro lugar com Celso Russomanno, candidato do PRB, que é o braço político da Igreja Universal do Reino de Deus.

Pastor quer que alvará de templos tenha 'tratamento diferenciado'.
agosto de 2012

Religião na política.   Valdemiro Santiago.

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/#ixzz22zblRUtm
Paulopes

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