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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, agosto 08, 2012

Cerveja Brahma patrocina a crueldade contra os animais. Excelente motivo para pedirmos outras marcas

por Paulo Jonas de Lima Piva
Não há muito o que dizer, mas sim muito contra o que se indignar e muito para mudarmos o nosso comportamento de consumo. A covardia e a estupidez das imagens abaixo são grandiloquentes o suficiente para que nos indignemos com a marca de cerveja Brahma, empresa que financia a crueldade cometida nos rodeios contra cavalos, touros e bezerros como se fosse um edificante e saudável entretenimento. Já que o terrorismo é um meio abominável para enfrentarmos os problemas, até mesmo  contra casos de terrorismo como o que pratica a Brahma contra os animais indefesos dos rodeios, podemos pelo menos fazer o mínimo contra essa abominável marca de cerveja: quando entrarmos num boteco para tomarmos umas e outras, jamais peçamos Brahma. E se a marca for oferecida pelo dono do estabelecimento, recusemo-la energicamente: "Brahma de jeito nenhum! A cerveja Brahma é patrocinadora de rodeios pelo país afora, logo, a Brahma financia a crueldade contra os animais! Todas, camarada, menos Brahma!" 
Nos últimos anos, a luta pela causa animal avançou bastante no mundo e também no Brasil, mas ainda falta muito para organizadores de rodeio serem condenados e  presos como chefes de quadrilha, peões serem considerados criminosos comuns e marcas como a Brahma serem julgadas como empresas associadas ao crime organizado. Mas a história ainda não acabou...





*Opensadordaaldeia

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