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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, dezembro 11, 2012

Lula: é mentira!
Barbosa vai pra cima

Dilma está com Lula e não abre



Saiu no Globo:

Joaquim quer apurar denúncias; ministros do STF pregam cautela

BRASÍLIA – O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, disse nesta terça-feira acreditar que as novas denúncias de Marcos Valério devem ser investigadas. Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, o publicitário afirmou em depoimento à PGR em setembro que repassou dinheiro do mensalão para “despesas pessoais” de Lula. Ainda segundo o depoimento, o ex-presidente deu “ok” para os empréstimos feitos para o pagamento de parlamentares em troca de apoio político.

Lacônico, Barbosa respondeu rápido sobre o tema quando foi perguntado sobre a necessidade de investigação.

— Creio que sim – disse sobre a necessidade de apurar o caso, após sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que também preside.
(…)
Clique aqui para ler que os ministros do STF defendem investigação das denúncias de Valério.
E aqui a resposta da presidente Dilma sobre a “tentativa lamentável de atingir Lula”
Navalha
E quando o Supremo vai julgar o mensalão dos tucanos?
E quando o STF vai legitimar a Satiagraha?
E quando o Supremo vai legitimar a Castelo de Areia?
Ou o Supremo tem partido?
Paulo Henrique Amorim

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