Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, dezembro 09, 2012

NOTICIA QUE O JN NÃO MOSTRA - Dadá, o araponga de Veja, pega 19 anos de prisão


 


“A sentença que condenou Carlinhos Cachoeira a 39 anos de prisão também reservou um capítulo especial ao detetive Idalberto Matias; ele foi condenado a 19 anos de prisão por realizar grampos ilegais; a revista Veja, dirigida por Policarpo Júnior em Brasília, era o principal "cliente" da dupla Dadá & Cachoeira 

Brasil 247 

O relatório da CPI do caso Cachoeira ainda não foi apreciado pelo plenário da comissão, mas já se sabe que o jornalista Policarpo Júnior, diretor de Veja em Brasília, não será indiciado. 

Pressionado por um movimento em peso dos grandes veículos de comunicação e por aliados do PMDB, o deputado Odair Cunha (PT-MG) retirou de seu relatório as referências feitas a Policarpo Júnior e a outros jornalistas. 

Hoje, Odair Cunha(PT-MG) teria motivos para, eventualmente, rever sua posição. Isso porque a sentença que, ontem, condenou Carlos Cachoeira a 39 anos de prisão, do juiz Alderico Rocha Santos, também atingiu o araponga Idalberto Matias, o Dadá, condenado a 19 anos. 

Segundo o juiz, Dadá era responsável pela realização de grampos ilegais. Sem Dadá, o esquema de Cachoeira jamais teria a mesma força. 

Dadá grampeava e produzia denúncias que eram publicadas na revista Veja, dirigida por Policarpo Júnior, e amplificadas no Congresso pelo "mosqueteiro da ética" Demóstenes Torres. 

Com esse instrumento de pressão poderoso, Cachoeira fortalecia sua atividade tradicional – de jogos ilegais – e pavimentava novos negócios, como a parceria com a empreiteira Delta, de Fernando Cavendish. 

Dadá foi fonte de diversos jornalistas em Brasília, mas era com Veja e Policarpo que Cachoeira construiu uma parceria mais sólida. 

Houve até um momento, captado pelas operações Vegas e Monte Carlo, em que Policarpo pede a Cachoeira para levantar ligações de um político goiano, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO). Cachoeira concorda e diz que o "neguinho" procuraria Policarpo para tratar do assunto "


do Blog Brasil!Brasil!

Nenhum comentário:

Postar um comentário