Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, fevereiro 09, 2013

Vozes de trabalho: Brasil um modelo de recuperação para a América


  • Por Bob King


Rei
King)
Quem procura um exemplo atual e dramático de como recarregar a economia dos EUA e pagar a nossa dívida pela prosperidade crescente e receitas precisa olhar mais longe do que o Brasil do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, carinhosamente conhecida pelos brasileiros como "Lula".
Lula, eleito por duas vezes e deixar o cargo com um índice de aprovação de 80,5 por cento, era um trabalhador da indústria automobilística e líder sindical, passando de começos humildes como um sapato shiner e vendedor de rua a posição mais alta do país. Suas políticas tirou mais de 20 milhões de pessoas da pobreza e mudou o curso da história.
Lula era um trabalhador da indústria automobilística - torneiro mecânico em uma fábrica de cobre. Ele subiu na hierarquia da direção do sindicato, enquanto o Brasil foi governado por uma ditadura militar brutal que teve como alvo os sindicalistas. Depois que ele liderou uma série de greves, ele foi preso e encarcerado.
Depois de uma sentença de três anos-e-um-metade - encurtado pela pressão dos trabalhadores brasileiros e do UAW - Lula voltou para a união e passou a ajudar a fundar o Partido dos Trabalhadores. Em 2002, ele foi eleito presidente.
Quando Lula se tornou presidente, o Brasil estava em má forma. Sua dívida pública dobrou sob seu antecessor, que tinha um enorme défice da balança comercial, as taxas de juros superiores a 20 por cento e uma moeda que tinha perdido metade de seu valor. Lula rejeitou a economia de austeridade e promulgada políticas que visam construir uma classe média e reduzir a desigualdade. Os resultados foram impressionantes.
Políticas de Lula prosperidade econômica aumentou a taxa de crescimento no Brasil, de 1,6 por cento, para mais de 7 por cento. O desemprego caiu de 11 por cento para 5,3 por cento e no Brasil criou 15 milhões de novos empregos, enquanto ele era presidente. O salário mínimo aumentou 67 por cento, ele deu início a um programa para fornecer ajuda direta para as mães pobres, reduzindo a pobreza ea fome.
Brasil resistiu à crise econômica global melhor do que qualquer outra nação por bem regular os bancos e rejeitando a política de austeridade. Lula também rejeitou a privatização dos serviços públicos e, em vez investiu US $ 250 bilhões em infra-estrutura no Brasil para a sua economia poderia crescer ainda mais e mais rápido.
Mais importante ainda, Lula atacou diretamente a desigualdade do Brasil. Antes de tomar posse, o Brasil teve a quarta pior lacuna no mundo entre ricos e pobres. Uma vez que suas políticas tiveram tempo para trabalhar, a renda dos mais pobres 10 por cento da população cresceu quase o dobro da taxa dos mais ricos de 10 por cento. Exemplo de Lula mostra o que pode acontecer em um país onde as vozes dos trabalhadores são claramente ouvida no processo político.
Lula se reuniu recentemente com os trabalhadores da fábrica da Nissan em Canton, Mississipi, que lhe contou sobre as ameaças e intimidações que eles enfrentam para a busca de um processo eleitoral justo união. Lula chamou inimaginável que a Nissan, que de bom grado trabalha com sindicatos em seu país de origem e em todo o mundo, está negando trabalhadores em Canton o direito de se organizar.
Ele prometeu o apoio total de sindicatos brasileiros para os trabalhadores da Nissan alavancagem, que será aplicada em um dos mercados de crescimento mais rápido de automóveis do mundo. Fique atento.
Bob King é presidente da United Auto Workers.

Vozes de trabalho

*TadeuVezzi

Nenhum comentário:

Postar um comentário