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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 11, 2013

As manifestações de hoje estão parando o Brasil. Em Porto Alegre, pela primeira vez chegaram de fato na frente da Globo


Cadê o Face agora? 

As manifestações de hoje estão parando o Brasil. Em Porto Alegre, pela primeira vez chegaram de fato na frente da Globo/RBS. Pela primeira vez, a cidade está completamente parada. Ocuparam a Câmara de Vereadores! Esta manifestação, que está acontecendo AGORA por todo o Brasil, misteriosamente, não está aparecendo no Facebook.

Ocorre que as manifestações de hoje são organizados pelo PROLETARIADO. Quando as manifestações começaram, elas eram de jovens da classe média, OU SEJA: o público do facebook. Inspirados nisso, o proletariado e o que sobrou dos sindicatos (não comprados) saíram às ruas. E de modo muito mais pungente, causando verdadeiros feriados nas metrópoles. 

Mas a mídia não está cobrindo, o IMPACTO midiático está bem menor. Muito menor. Mas tem menos público? Não. Tá mais desorganizado? Não, tá bem mais organizado, manifestantes com coletes, andando em volta de carros de som das suas entidades.

Na verdade é um movimento de igual número e muito mais organizado. Mas não se ouve um pio aqui no face. Que estranho, né? 

Não tenho maiores conclusões, espero dos meus amigos administradores de páginas e blogs alguma movimentação sobre o fato. Aguardo colaborações dos leitores, informações. E vamos ficar atentos, pessoal. Não é porque sejam outros estratos que estão na rua que vamos alienar o barulho que estão fazendo.
Cadê o Face agora?

As manifestações de hoje estão parando o Brasil. Em Porto Alegre, pela primeira vez chegaram de fato na frente da Globo/RBS. Pela primeira vez, a cidade está completamente parada. Ocuparam a Câmara de Vereadores! Esta manifestação, que está acontecendo AGORA por todo o Brasil, misteriosamente, não está aparecendo no Facebook.

Ocorre que as manifestações de hoje são organizados pelo PROLETARIADO. Quando as manifestações começaram, elas eram de jovens da classe média, OU SEJA: o público do facebook. Inspirados nisso, o proletariado e o que sobrou dos sindicatos (não comprados) saíram às ruas. E de modo muito mais pungente, causando verdadeiros feriados nas metrópoles.

Mas a mídia não está cobrindo, o IMPACTO midiático está bem menor. Muito menor. Mas tem menos público? Não. Tá mais desorganizado? Não, tá bem mais organizado, manifestantes com coletes, andando em volta de carros de som das suas entidades.

Na verdade é um movimento de igual número e muito mais organizado. Mas não se ouve um pio aqui no face. Que estranho, né?

Não tenho maiores conclusões, espero dos meus amigos administradores de páginas e blogs alguma movimentação sobre o fato. Aguardo colaborações dos leitores, informações. E vamos ficar atentos, pessoal. Não é porque sejam outros estados que estão na rua que vamos alienar o barulho que estão fazendo.

*centrodosocialismofb

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