Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 11, 2013

Companhia aérea Cubana de Aviação volta a operar no Brasil



Duração do voo entre Havana e São Paulo será de sete horas e meia. Ida de brasileiros cresceu 2,6% entre janeiro e maio
Fonte: Opera Mundi
A companhia aérea Cubana de Aviação, que deixou de voar para o Brasil em 2007, estreou nesta semana voo semanal entre Havana e São Paulo -- no avião, um IL 96-300 de 262 lugares, 18 dos quais em primeira classe, estava uma delegação liderada pelo ministro cubano de Turismo, Manuel Marrer.
O voo é direto e a taxa de ocupação prevista é de 80%, segundo o diretor comercial da companhia, Ramón Pérez Camejo, que sublinhou a possibilidade de anunciar um segundo voo semanal em breve, “porque estamos muito otimistas com os resultados nessa rota”.

A comitiva se reúne esta quinta-feira (11/07) com agentes de turismo que promovam o destino turístico da ilha caribenha e viajarão posteriormente ao Rio de Janeiro e Porto Alegre para conversar com representantes do setor. No dia 16, Marrero se encontra em Brasília com o ministro brasileiro Gastão Dias Vieira, com quem assinará um memorandum de entendimento entre as duas nações.

A duração do voo entre Havana e São Paulo será de aproximadamente sete horas e meia. O número de brasileiros que visitou Cuba entre janeiro e maio deste ano atingiu 7.565, mais 2,6% que no mesmo período do ano passado, fazendo do Brasil o 18º maior mercado turístico para a ilha caribenha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário