CASTRO ALVES DÁ A DICA DE COMO RECEBERMOS O PAPA
"QUEBRE-SE O CETRO DO PAPA...
Como expressão do meu repúdio à visita do velho senhor indigno
que colaborou com a ditadura argentina, republico o post
Confirmado: papa Francisco foi ignóbil
na ditadura, de 19/03/2013
É contundente e conclusivo o artigo ‘Falta de memória’ do papa em depoimento irritou interrogadores, de autoria do correspondente do Valor Econômico em Buenos Aires, César Felício, cuja íntegra pode ser acessada aqui.
Agora não me resta dúvida nenhuma: Jorge Mario Bergoglio é mesmo indigno de usar as sandálias do pescador. Sua eleição foi um dos piores erros cometidos pela Igreja católica em todos os tempos.
Como poderão os fiéis confiar num papa que, em passado recente (2010), refugiou-se em evasivas, envolveu um morto em suas lorotas e mentiu descaradamente para tentar salvar sua reputação em frangalhos?
Como poderão os fiéis confiar num papa que, em passado recente (2010), refugiou-se em evasivas, envolveu um morto em suas lorotas e mentiu descaradamente para tentar salvar sua reputação em frangalhos?
Pois foi isso
que Bergoglio fez, chegando ao cúmulo de fingir que procurou ajudar um
padre perseguido pela ditadura argentina a renovar seu passaporte no
exterior, quando, na verdade, recomendou aos tiranos que lhe negassem o
passaporte (!!!).
Eis os trechos principais (os grifos são meus):
A sequência de frases iniciadas com “não sei”, “não me lembro” e “não me consta” exasperou os interrogadores do então cardeal de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, que fez um depoimento à Justiça em 2010 sobre o sequestro de dois padres jesuítas durante a ditadura argentina (1976-1983). A íntegra das palavras do hoje papa Francisco está disponível na página na internet da entidade “Avós da Praça de Maio”.
O então cardeal depôs na condição de testemunha sobre o desaparecimento por seis meses em 1976 dos padres Orlando Yorio e Francisco Jalics, que estavam em processo de desligamento da Ordem Jesuíta. Bergoglio era à época o provincial (chefe) jesuíta na Argentina.
Bergoglio não revelou quem eram as pessoas que, ainda antes da prisão de Yorio e Jalics, o procuravam para se queixar das ligações com a esquerda dos padres que atuavam em favelas. Também disse não se lembrar se tratou dessas denúncias com os padres, no momento em que decidiu dissolver a comunidade em que atuavam.
O hoje papa disse que não procurou saber quem foi a pessoa que telefonou a ele no dia seguinte ao sequestro para dizer que Yorio e Jalics haviam sido sequestrados. Insistentemente perguntado, Bergoglio foi evasivo ao explicar como soube que os dois padres estavam sob custódia da Marinha, e não do Exército ou da Aeronáutica. “Era Vox Populi”, limitou-se a dizer. Revelou apenas o nome de um informante, o padre Federico Storni, já falecido. “Já falecido? Que curioso!”, exclamou um dos interrogadores, sem esconder a ironia.
O então cardeal relatou com detalhes as gestões que fez para tentar a libertação de Yorio e Jalics, como as audiências com o comandante da Marinha, Emilio Massera. Na última, a conversa entre o almirante e o jesuíta teria terminado de maneira áspera, com Bergoglio se retirando do gabinete sem se despedir.
Para ter acesso ao comandante da Junta Militar, o presidente Jorge Videla, o cardeal Bergoglio relatou que tomou o lugar do capelão que oficiava a missa na residência de Olivos. Após a cerimônia, teria abordado Videla e exposto o caso.
Bergoglio disse que semanas depois recebeu um telefonema do próprio Yorio, relatando que haviam sido libertados nos arredores da capital. O cardeal detalhou então como informou ao então cardeal de Buenos Aires e ao superior geral dos jesuítas sobre o fato e da gestão que fez para que o núncio apostólico acompanhasse os dois padres na chancelaria, para conseguir retirar os dois do país em segurança.
O cardeal voltou ao tom hesitante quando perguntado sobre a sua participação no episódio em que a chancelaria argentina recusou-se a renovar o passaporte de Jalics. O padre Jalics já estava na Alemanha e havia pedido o apoio de Bergoglio para poder renovar o passaporte no exterior, já que não se sentia seguro para voltar a Buenos Aires. O cardeal disse não se lembrar com quem tratou sobre o caso na chancelaria ou se fez algum documento por escrito.
No domingo, o principal impulsionador das denúncias contra Bergoglio, o jornalista Horacio Verbitsky, divulgou em matéria no jornal governista Página 12 um fac-simile de um documento assinado pelo Diretor de Culto da chancelaria no governo Videla, Anselmo Orcoyen. No texto, Orcoyen menciona que Bergoglio teria assinado um documento solicitando que o governo não concedesse novo passaporte a Jalics.
A sequência de frases iniciadas com “não sei”, “não me lembro” e “não me consta” exasperou os interrogadores do então cardeal de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, que fez um depoimento à Justiça em 2010 sobre o sequestro de dois padres jesuítas durante a ditadura argentina (1976-1983). A íntegra das palavras do hoje papa Francisco está disponível na página na internet da entidade “Avós da Praça de Maio”.
O então cardeal depôs na condição de testemunha sobre o desaparecimento por seis meses em 1976 dos padres Orlando Yorio e Francisco Jalics, que estavam em processo de desligamento da Ordem Jesuíta. Bergoglio era à época o provincial (chefe) jesuíta na Argentina.
Bergoglio não revelou quem eram as pessoas que, ainda antes da prisão de Yorio e Jalics, o procuravam para se queixar das ligações com a esquerda dos padres que atuavam em favelas. Também disse não se lembrar se tratou dessas denúncias com os padres, no momento em que decidiu dissolver a comunidade em que atuavam.
O hoje papa disse que não procurou saber quem foi a pessoa que telefonou a ele no dia seguinte ao sequestro para dizer que Yorio e Jalics haviam sido sequestrados. Insistentemente perguntado, Bergoglio foi evasivo ao explicar como soube que os dois padres estavam sob custódia da Marinha, e não do Exército ou da Aeronáutica. “Era Vox Populi”, limitou-se a dizer. Revelou apenas o nome de um informante, o padre Federico Storni, já falecido. “Já falecido? Que curioso!”, exclamou um dos interrogadores, sem esconder a ironia.
O então cardeal relatou com detalhes as gestões que fez para tentar a libertação de Yorio e Jalics, como as audiências com o comandante da Marinha, Emilio Massera. Na última, a conversa entre o almirante e o jesuíta teria terminado de maneira áspera, com Bergoglio se retirando do gabinete sem se despedir.
“Coisas passadas”
Para ter acesso ao comandante da Junta Militar, o presidente Jorge Videla, o cardeal Bergoglio relatou que tomou o lugar do capelão que oficiava a missa na residência de Olivos. Após a cerimônia, teria abordado Videla e exposto o caso.
Bergoglio disse que semanas depois recebeu um telefonema do próprio Yorio, relatando que haviam sido libertados nos arredores da capital. O cardeal detalhou então como informou ao então cardeal de Buenos Aires e ao superior geral dos jesuítas sobre o fato e da gestão que fez para que o núncio apostólico acompanhasse os dois padres na chancelaria, para conseguir retirar os dois do país em segurança.
O cardeal voltou ao tom hesitante quando perguntado sobre a sua participação no episódio em que a chancelaria argentina recusou-se a renovar o passaporte de Jalics. O padre Jalics já estava na Alemanha e havia pedido o apoio de Bergoglio para poder renovar o passaporte no exterior, já que não se sentia seguro para voltar a Buenos Aires. O cardeal disse não se lembrar com quem tratou sobre o caso na chancelaria ou se fez algum documento por escrito.
No domingo, o principal impulsionador das denúncias contra Bergoglio, o jornalista Horacio Verbitsky, divulgou em matéria no jornal governista Página 12 um fac-simile de um documento assinado pelo Diretor de Culto da chancelaria no governo Videla, Anselmo Orcoyen. No texto, Orcoyen menciona que Bergoglio teria assinado um documento solicitando que o governo não concedesse novo passaporte a Jalics.
...FAÇA-SE DELE -- UMA CRUZ!
Como expressão do meu repúdio à visita do velho senhor indigno
que colaborou com a ditadura argentina, republico o post
O novo papa e as culpas da igreja argentina
sob a ditadura, de 18/03/2013
Tenha ele se acumpliciado... |
- a de que tenha realmente dedurado seus desafetos da ordem dos jesuítas, como sustenta Graciela Yorio, referindo-se a seu irmão Orlando;
- ou a de que haja sido apenas pusilânime e omisso, avaliação do Premio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel (“A Bergoglio se lo cuestiona porque se dice que no hizo lo necesario para sacar de la prisión a dos sacerdotes, siendo él el superior de la congregación de los Jesuitas”).
Já o Roberto Romano eu respeito. Não por ser professor de ética e filosofia na Unicamp e doutor em filosofia pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, pois, nas pegadas de Marx, sempre considerei mais importante transformar o mundo do que interpretá-lo de tal ou qual maneira. Mas por ter ele sido resistente, um dos dominicanos presos e torturados por ajudarem o comandante Marighella.
Então, para dar espaço ao outro lado, reproduzo a interessante digressão do Romano, parte de uma entrevista publicada na Folha de S. Paulo desta 2ª feira, na qual ele apresenta outro ângulo da questão e aconselha que se investigue melhor o assunto:
"Se existe um problema gravíssimo é o fato de a igreja argentina ter colaborado ativamente com a repressão. Foi muito mais do que uma simples omissão.
A Argentina presenciou uma unidade da igreja com o regime ditatorial que é espelho do que já havia acontecido na Europa -na Espanha franquista, na Itália fascista, na Alemanha nazista.
Não é por acaso que, depois da ditadura, a igreja perdeu um número imenso de fiéis na Argentina.
Aliás, quem mais colaborou com a repressão ditatorial na Argentina não foram os jesuítas. Foram os dominicanos, a mesma ordem que, no Brasil, abrigou Carlos Marighella, o inimigo número um do regime militar.
Como é possível?
Essas ordens têm várias tendências internas. No caso dos jesuítas, essas tendências são mais disciplinadas.
...não serve para papa. |
No caso dos dominicanos, as tendências transbordam em público porque a ordem tem origens históricas e ideológicas muito diferentes.
Quando os dominicanos quiseram trazer a ordem para o Brasil, dom Pedro 2º disse que jamais deixaria que inquisidores entrassem.
Mas aí contaram-lhe que eram os dominicanos franceses, de tendência socialista, e ele permitiu. Eram dominicanos diferentes dos que foram para a Argentina, herdeiros do ramo espanhol, ligados à tradição inquisitorial e, mais tarde, ao franquismo.
Para mim, o papa Francisco pode estar pagando pelos pecados da igreja argentina como um todo.
Até porque acho muito esquisito que um superior jesuíta colaborasse ou mesmo abandonasse à morte ou para a tortura dois 'soldados' da sua própria ordem. Não se esqueça de que a Companhia tem a organização de um Exército.
É preciso investigar melhor. É contra o espírito de disciplina da ordem".
A PÚRPURA SIRVA AO POVO...
Como expressão do meu repúdio à visita do velho senhor indigno
que colaborou com a ditadura argentina, republico o post
Francisco é um papa sinistro, de 16/03/2013
O digno delatado... |
Entrevistada por Silvana Arantes, enviada especial da Folha de S. Paulo a
Buenos Aires, Graciela Yorio afirmou que seu irmão Orlando foi delatado
à bestial repressão da ditadura argentina pelo agora papa Francisco e,
até a morte por enfarte aos 67 anos, permaneceu convicto da culpa de
Jorge Mario Bergoglio. "Meu irmão não tinha dúvidas sobre isso. E eu
acredito em meu irmão", afirma Graciela.
Em 1976, Orlando Yorio passou cinco meses em poder dos militares na
Escola de Mecânica da Marinha (o principal centro clandestino de
torturas de Buenos Aires), tendo sido encapuzado, ameaçado de
fuzilamento, amarrado a uma cama, privado de alimentação e do uso do
banheiro.
...e o vil delator. |
Também jesuíta, ele havia sido professor de teologia de Bergoglio, o que
não impediu o antigo discípulo de apontá-lo aos militares e até de
exagerar seu envolvimento com a esquerda, ao rotulá-lo de
"guerrilheiro".
São Francisco de Assis deve estar se revirando na cova...
...PRA COBRIR OS OMBROS NUS"
Como expressão do meu repúdio à visita do velho senhor indigno
que colaborou com a ditadura argentina, republico o post
Novo papa é da estirpe de Pio XII, de 14/03/2013
Este foi conivente com a ditadura argentina... |
Radicado
há décadas no Brasil, Carlos Lungarzo, incansável defensor dos direitos
humanos, é argentino de nascimento e conhecedor profundo da trajetória
do jesuíta Jorge Bergoglio, agora papa Francisco, outro sumo pontífice
conservador de uma Igreja que, qual avestruz, enterra cada vez mais a
cabeça na areia para alhear-se dos desafios da atualidade.
Os segredos do santo padre (clique p/ abrir) é um artigo obrigatório. Nele, Lungarzo traça o perfil de um religioso que, por identificação ideológica com a ditadura argentina, oportunismo ou pusilaminidade, recusou ajuda a um membro da sua Ordem, permitindo que ele caísse nas garras dos esquadrões da morte militares; e não moveu uma palha para encontrar uma criança recém-nascida sequestrada pela repressão, indiferente às súplicas da família.
O que ele tem em comum com Pedro é já haver negado Cristo... e muito mais do que três vezes!
...e este, com o nazismo. |
O
paralelo mais apropriado, contudo, é com o papa Pio XII, aquele que
ficou em cima do muro enquanto grassava a barbárie nazista.
Destaco os trechos principais:
"A Argentina voltou à normalidade democrática em 1983 quando o então padre Bergoglio estava com 47 anos. Nessa época, o atual papa era reitor do (...) maior seminário de formação de sacerdotes da Argentina (...), após ter sido, entre 1973 e 1979, o principal chefe (...) da poderosa e influente ordem dos jesuítas...
Em 1983, Jorge Bergoglio, uma figura austera, silenciosa, alheia a chamar a atenção, não tinha nenhuma influ'ncia política evidente, mas acumulava muita influência invisível. Ele utilizou essa influência para tentar mostrar um rosto 'moderno' da Igreja, modificando a imagem desta como cúmplice qualificada e ativa dos genocídios e torturas generalizadas, que foram comuns na Argentina...
Como é bem conhecido, a Igreja Católica apoiou intensa e devotadamente os crimes da ditadura, não apenas encobrindo ou justificando-os, mas também dando apoio psicológico e propagandístico, colocando a seu serviço seu aparato internacional (incluída a máfia italiana e o grupo P2), abençoando as máquinas de choque e os instrumentos usados para mutilação, e até, em vários casos, aplicando tortura com suas próprias mãos.
Há pelo menos 40 livros em espanhol e pelo menos 15 em inglês, dedicados de maneira total ou parcial à cumplicidade da Igreja Católica com os crimes de Estado na Argentina nos anos 1976-1983, e milhares de páginas de Internet.
Como em muitos outros países, uma minoria de padres apoiou a causa dos direitos humanos e teve certa militância no que foi chamado 'Teologia da Libertação'.
Dois deles foram os jesuítas Orlando Dorio e Francisco Jalic que propagavam uma visão social do cristianismo em favelas e bairros populares. Estes padres foram capturados pelos esquadrões da morte dos militares e submetidos a tortura, mas conseguiram sobreviver. Enquanto Jalic se fechou num mosteiro alemão e nunca mais falou de seu passado (e possivelmente, nunca voltou a Argentina), Dorio acusou explicitamente a Bergoglio, que era a máxima autoridade de jesuítas, de ter negado proteção e haver permitido que ele fosse capturado.
Bergoglio usou por duas vezes os privilégios de não acatar as decisões da justiça, privilégio que a Argentina concede aos bispos, que têm um fórum privilegiado equivalente ao dos deputados, senadores e presidentes. Em função disso, recusou dar depoimento aos tribunais que julgaram os crimes contra a humanidade na época da ditadura.
Bergoglio aceitou, porém, comparecer a uma terceira intimação, quando a pressão dos milhares de vítimas se tornou muito intensa.
"A Argentina voltou à normalidade democrática em 1983 quando o então padre Bergoglio estava com 47 anos. Nessa época, o atual papa era reitor do (...) maior seminário de formação de sacerdotes da Argentina (...), após ter sido, entre 1973 e 1979, o principal chefe (...) da poderosa e influente ordem dos jesuítas...
Em 1983, Jorge Bergoglio, uma figura austera, silenciosa, alheia a chamar a atenção, não tinha nenhuma influ'ncia política evidente, mas acumulava muita influência invisível. Ele utilizou essa influência para tentar mostrar um rosto 'moderno' da Igreja, modificando a imagem desta como cúmplice qualificada e ativa dos genocídios e torturas generalizadas, que foram comuns na Argentina...
Como é bem conhecido, a Igreja Católica apoiou intensa e devotadamente os crimes da ditadura, não apenas encobrindo ou justificando-os, mas também dando apoio psicológico e propagandístico, colocando a seu serviço seu aparato internacional (incluída a máfia italiana e o grupo P2), abençoando as máquinas de choque e os instrumentos usados para mutilação, e até, em vários casos, aplicando tortura com suas próprias mãos.
Há pelo menos 40 livros em espanhol e pelo menos 15 em inglês, dedicados de maneira total ou parcial à cumplicidade da Igreja Católica com os crimes de Estado na Argentina nos anos 1976-1983, e milhares de páginas de Internet.
Como em muitos outros países, uma minoria de padres apoiou a causa dos direitos humanos e teve certa militância no que foi chamado 'Teologia da Libertação'.
Dois deles foram os jesuítas Orlando Dorio e Francisco Jalic que propagavam uma visão social do cristianismo em favelas e bairros populares. Estes padres foram capturados pelos esquadrões da morte dos militares e submetidos a tortura, mas conseguiram sobreviver. Enquanto Jalic se fechou num mosteiro alemão e nunca mais falou de seu passado (e possivelmente, nunca voltou a Argentina), Dorio acusou explicitamente a Bergoglio, que era a máxima autoridade de jesuítas, de ter negado proteção e haver permitido que ele fosse capturado.
Bergoglio usou por duas vezes os privilégios de não acatar as decisões da justiça, privilégio que a Argentina concede aos bispos, que têm um fórum privilegiado equivalente ao dos deputados, senadores e presidentes. Em função disso, recusou dar depoimento aos tribunais que julgaram os crimes contra a humanidade na época da ditadura.
Bergoglio aceitou, porém, comparecer a uma terceira intimação, quando a pressão dos milhares de vítimas se tornou muito intensa.
Segundo a advogada Myriam Bregman que trabalha em direitos humanos, as afirmações de Bergoglio, quando aceitou ir aos tribunais, mostram que ele e outros padres eram coniventes com os atos praticados pela ditadura. Ele, porém, não foi indiciado, também com base na 'falta' de provas.
Em 1977, a família De la Cuadra (...) teve sequestrados cinco de seus membros, dos quais apenas um reapareceu muito depois.
O padre Bergoglio se recusou a indagar onde eles estavam e até a ajudar a procurar uma criança recém nascida, filha de uma das mulheres desaparecidas.
Em algumas ocasiões, o Santo Padre não pôde refutar que a ditadura argentina tinha cometido numerosas atrocidades, mas argumentou que isso foi uma resposta provocada pela esquerda, que, segundo ele, também teria usado o terror. Este infame argumento, como todos sabem, foi fortemente repudiado em todos os países que tiveram ditaduras recentemente.
Durante o governo de Néstor Kirchner e, após, o de sua esposa, Cristina Fernández, o atual papa, mantendo seu estilo 'sutil' aproveitou para criticar muitas vezes o governo (...), acusando-o de ditatorial, de gerar o caos, de defender pessoas de vida sexual 'abominável', etc.
Com seu estilo aparentemente moderado, Bergoglio teve certo sucesso onde outros padres, que pregaram abertamente a tortura e o genocídio dos ateus e marxistas, fracassaram. Com efeito, apesar de ser unanimemente repudiado pelos defensores de direitos humanos, inclusive os católicos, ele nunca foi processado, como aconteceu com o padre Wernich, e até conseguiu forjar uma máscara de tolerância".
*naufragodautopia
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