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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, julho 19, 2013

Ferro já tinha sido o único do PT a enfrentar Gilmar Dantas (*). O PT o apoia ?

Ferro denuncia
Globo e Gilmar

Ferro já tinha sido o único do PT a enfrentar Gilmar Dantas (*). O PT o apoia ?

O Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu do deputado Fernando Ferro, do PT-PE, com notícia de pronunciamento da tribuna da Câmara:

Ferro critica Globo por sonegação e cobra comentário de Jabor e Merval


Em discurso na tribuna da Câmara, nesta semana, o deputado Fernando Ferro (PT-PE) criticou duramente o caso de sonegação da Rede Globo, revelado há algumas pelo blog O Cafezinho, do jornalista Miguel do Rosário, envolvendo um montante que hoje supera a cifra de um bilhão de reais.

Ferro lembra que o episódio teve origem na compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002 junto à Fifa, mas a emissora tentou fraudar a Receita Federal brasileira ao disfarçar a aquisição do evento, através de uma operação nas Ilhas Virgens Britânicas. “Eu estranho a transação envolvendo a FIFA em interesse de transmissão da qual a Globo participou. Houve inclusive a condenação do João Havelange e do Ricardo Teixeira. A Rede Globo foi condenada porque nessa transação sonegou recursos em paraísos fiscais, na verdade, nos infernos fiscais”, ironizou o parlamentar.

“Na época, valores de 2006, a dívida da Globo era de 615 milhões. Hoje, já passa de 1 bilhão. E o curioso é que o processo desapareceu pelas mãos de uma funcionária que foi processada, inclusive, demitida e estava presa. Entrou em cena o ministro Gilmar Mendes, que lhe concedeu uma liminar e a liberou”, lembrou Ferro.

O deputado cobrou uma manifestação de alguns dos principais comentaristas da Globo que costumam fustigar o PT e o governo. “Uma emissora de televisão, como a TV Globo, sonega, fala em reforma tributária e, no entanto, não cumpre os procedimentos mais comezinhos da sua relação com o fisco brasileiro. Nós aguardamos os comentários indignados da Miriam Leitão, do Jabor e do imortal Merval Pereira”, concluiu Ferro.

Durante o Dia Nacional de Lutas, no último 11 de julho, ocorreram protestos em várias cidades do País contra a emissora. No Rio de Janeiro, manifestantes projetaram na fachada da sede da empresa, no Jardim Botânico, uma imagem com a inscrição “Globo Sonega”.

A Rede Globo afirmou em nota oficial que não possuía pendências com a Receita, informação contestada, em reportagem do jornalista Rodrigo Vianna no blog Escrevinhador, pela mesma fonte que denunciou o caso a Miguel do Rosário. O Ministério Público do Distrito Federal abriu investigação para apurar o caso.

Rogério Tomaz Jr.
Em tempo: Ferro foi quem cunhou o PiG (**) para se referir à mídia nativa, como diz o Mino: Partido da Imprensa Golpista. O ansioso blogueiro dela se apropriou com entusiasmo incontido ! Ela nasceu de um comentário de Ferro sobre uma das estrepolias do Gilberto Freire com “ï (***)”. De novo, ele entra para a História do PiG (o Freire … O Ferro já estava.). PHA

Em tempo2: Publicado em 30/04/2013, no Conversa Afiada:

Ferro: Gilmar é capitão do mato

Saiu na Folha, que financiou a tortura


DEPUTADO PETISTA CHAMA GILMAR MENDES DE “CAPITÃO DO MATO”


O deputado Fernando Ferro (PT-PE) chamou nesta segunda-feira (29) o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes de “capitão do mato”.

“Impedir o debate é censura, é uma postura de capitão do mato do ministro Gilmar Mendes que está desacostumado com democracia”, disse Fernando Ferro da tribuna.

“Quem provoca a crise entre Poderes são ministros precipitados e afobados, que, em vez de tratarem a questão com a ncessária cautela, saem assinando liminares e criando confusão”, afirmou Ricardo  Berzoini (PT-SP) no plenário.
Navalha
Não deixe de ler entrevista de Nazareno Fonteles, em que diz que mandaria prender Gilmar e chama ele de “ditadorzinho”.
Fernando Ferro fez um discurso da tribuna da Câmara para pedir o impeachment de Gilmar, quando o Dr Piovesan encaminhou ação ao Senado sobre as indecorosas relações de Gilmar com o Dr Bermudes, uma ação que, na verdade, corresponde a um B.O.
Fernando Ferro foi um dos poucos do PT a não odarelar: da tribuna da Câmara, inutilmente, exigiu que a CPI do Robert(o) Civita convocasse o Robert(o) e seu Caneta.
Como se sabe, segundo Leandro Fortes, um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – manteve democrático diálogo com Michel Temer e ficou assim estabelecido, com a comunhão obsequiosa do deputado globo-brizolista (quá, quá, quá !) Miro Teixeira: “quando se falar em Veja, leia-se imprensa; quando se falar em imprensa, leia-se Globo”.
E o PT ?
O amigo navegante se lembra desse vergonhoso episódio: o PT odarelou.
Paulo Henrique Amorim
(*) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele.  E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.
*PHA

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