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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 23, 2010

35 reitores de Universidades Federais espalhadas por todo o país






Segue abaixo manifesto assinado por 35 reitores de Universidades Federais espalhadas por todo o país, reafirmando aquilo que, como profissional da educação federal, tenho testemunhado todo dia: que o “Governo Lula ficará registrado na história como aquele em que mais se investiu em educação pública”.

EDUCAÇÃO – O BRASIL NO RUMO CERTO

(Manifesto de Reitores das Universidades Federais à Nação Brasileira)

Da pré‐escola ao pós‐doutoramento – ciclo completo educacional e acadêmico de formação das pessoas na busca pelo crescimento pessoal e profissional – consideramos que o Brasil encontrou o rumo nos últimos anos, graças a políticas, aumento orçamentário, ações e programas implementados pelo Governo Lula com a participação decisiva e direta de seus ministros, os quais reconhecemos, destacando o nome do Ministro Fernando Haddad.

Aliás, de forma mais ampla, assistimos a um crescimento muito significativo do país em vários domínios: ocorreu a redução marcante da miséria e da pobreza; promoveu‐se a inclusão social de milhões de brasileiros, com a geração de empregos e renda; cresceu a autoestima da população, a confiança e a credibilidade internacional, num claro reconhecimento de que este é um País sério, solidário, de paz e de povo trabalhador. Caminhamos a passos largos para alcançar patamares mais elevados no cenário global, como uma Nação livre e soberana que não se submete aos ditames e aos interesses de países ou organizações estrangeiras.

Este período do Governo Lula ficará registrado na história como aquele em que mais se investiu em educação pública: foram criadas e consolidadas 14 novas universidades federais; institui‐se a Universidade Aberta do Brasil; foram construídos mais de 100 campi universitários pelo interior do País; e ocorreu a criação e a ampliação, sem precedentes históricos, de Escolas Técnicas e Institutos Federais. Através do PROUNI, possibilitou‐se o acesso ao ensino superior a mais de 700.000 jovens. Com a implantação do REUNI, estamos recuperando nossas Universidades Federais, de norte a sul e de leste a oeste. No geral, estamos dobrando de tamanho nossas Instituições e criando milhares de novos cursos, com investimentos crescentes em infraestrutura e contratação, por concurso público, de profissionais qualificados. Essas políticas devem continuar para consolidar os programas atuais e, inclusive, serem ampliadas no plano Federal, exigindo‐se que os Estados e Municípios também cumpram com as suas responsabilidades sociais e constitucionais, colocando a educação como uma prioridade central de seus governos.

Por tudo isso e na dimensão de nossas responsabilidades enquanto educadores, dirigentes universitários e cidadãos que desejam ver o País continuar avançando sem retrocessos, dirigimo-nos à sociedade brasileira para afirmar, com convicção, que estamos no rumo certo e que devemos continuar lutando e exigindo dos próximos governantes a continuidade das políticas e investimentos na educação em todos os níveis, assim como na ciência, na tecnologia e na inovação, de que o Brasil tanto precisa para se inserir, de uma forma ainda mais decisiva, neste mundo contemporâneo em constantes transformações.

Finalizamos este manifesto prestando o nosso reconhecimento e a nossa gratidão ao Presidente Lula por tudo que fez pelo País, em especial, no que se refere às políticas para educação, ciência e tecnologia. Ele também foi incansável em afirmar, sempre, que recurso aplicado em educação não é gasto, mas sim investimento no futuro do País. Foi exemplo, ainda, ao receber em reunião anual, durante os seus 8 anos de mandato, os Reitores das Universidades Federais para debater políticas e ações para o setor, encaminhando soluções concretas, inclusive, relativas à Autonomia Universitária.

Alan Barbiero – Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Aloisio Teixeira – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Amaro Henrique Pessoa Lins – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Ana Dayse Rezende Dórea – Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Antonio César Gonçalves Borges – Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Carlos Alexandre Netto – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Carlos Eduardo Cantarelli – Univ. Tec. Federal do Paraná (UTFPR)

Célia Maria da Silva Oliveira – Univ. Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Damião Duque de Farias – Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Felipe .Martins Müller – Universidade Federal da Santa Maria (UFSM).

Hélio Waldman – Universidade Federal do ABC (UFABC)

Henrique Duque Chaves Filho – Univ. Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Jesualdo Pereira Farias – Universidade Federal do Ceará (UFC)

João Carlos Brahm Cousin – Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

José Carlos Tavares Carvalho – Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)

José Geraldo de Sousa Júnior – Universidade Federal de Brasília (UNB)

José Seixas Lourenço – Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

José Weber Freire Macedo – Univ. Fed. do Vale do São Francisco (UNIVASF)

Josivan Barbosa Menezes – Universidade Federal Rural do Semi–árido (UFERSA)

Malvina Tânia Tuttman – Univ. Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Maria Beatriz Luce – Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)

Maria Lúcia Cavalli Neder – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Miguel Badenes P. Filho – Centro Fed. de Ed. Tec. (CEFET RJ)

Miriam da Costa Oliveira – Univ.. Fed. de Ciênc. da Saúde de POA (UFCSPA)

Natalino Salgado Filho – Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Paulo Gabriel S. Nacif – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)

Pedro Angelo A. Abreu – Univ. Fed. do Vale do Jequetinhonha e Mucuri (UFVJM)

Ricardo Motta Miranda – Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Roberto de Souza Salles – Universidade Federal Fluminense (UFF)

Romulo Soares Polari – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Sueo Numazawa – Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

Thompson F. Mariz – Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Valmar C. de Andrade – Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

Virmondes Rodrigues Júnior – Univ. Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Walter Manna Albertoni – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

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