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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 23, 2010

DILMA PRECISA PROMOVER UMA REFORMA DAS COMUNICAÇÕES E ACABAR COM A EVIDENTE CONCENTRAÇÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO






EDUCAÇÃO POLÍTICA VOCÊ FAZ

Por Chico Cerrito

O futuro governo Dilma precisa reformar radicalmente todo o setor das comunicações no país, e fazer garantir os artigos 220 a 223 da Constituição Federal do Brasil, que legislam sobre a comunicação no país e proíbem a concentração abusiva dos meios de comunicação, estimulam a produção independente e regional e dispõem sobre os sistemas público, estatal e privado.
É premente que a Constituição seja obedecida.

A concentração abusiva é real e efetiva, pouco mais de meia dúzia de famílias controlam toda comunicação no Brasil, existindo em grandes doses, a propriedade cruzada, isto é um mesmo grupo detém rádios, TVs aberta, TVs por assinatura, jornais, revistas, internet, etc.

Isso é impensável em qualquer país democrático minimamente civilizado, até mesmo nos Estados Unidos, terra do capitalismo e da exacerbação do culto à livre empresa, não é permitido a um mesmo grupo possuir mais de um tipo de meio de comunicação.

Quando toda a comunicação de um país está nas mãos de poucos grupos, fica toda a informação, mensagem, análise dos fatos, a serem apresentados a população inteira, refém dos interesses privados, políticos, empresariais e ideológicos desses grupos.

Em um lugar assim não existe qualquer garantia de que os interesses efetivos da população serão respeitados ou levados em conta, não existe qualquer garantia de que o noticiário, a informação, não será manipulada, nem distorcida, de forma a atender os interesses de seus poucos proprietários, mesmo que em detrimento ao interesse público.

Tem razão o Presidente Lula, quando falou sobre a forma vergonhosa e partidária com que a velha mídia tem se comportado, em especial, nos últimos meses.
É o que ocorre no Brasil, e para que no futuro nuca mais meia dúzia de empresários tentem controlar uma nação, é que Dilma precisa reformar o setor, abrindo e democratizando as comunicações e acabando com o oligopólio da informação, hoje nas mãos da direita atrasada e excludente.

*EducaçãoPolítica

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