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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, setembro 22, 2010

Ato contra o golpismo midiático








Na próxima quinta-feira (dia 23), a partir das 19 horas, o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo sediará o ato contra o golpismo mediático, que é organizado pelo Centro Barão de Itararé. Trata-se de uma atividade pluripartidária e sindical, que contará com a participação de todos aqueles que lutam pela democratização da comunicação, tais como blogueiros progressistas, participantes de redes sociais e todos aqueles que acreditam que a informação não tem dono ou proprietário, mas é um direito social e democrático do povo brasileiro. Reunirá, portanto, os defensores da imprensa livre.

Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, José Augusto Camargo (Guto), o evento acontecerá no auditório Vladimir Herzog. “A entidade apóia todas as manifestações daqueles que defendem a liberdade de imprensa de comunicação”.

Conheça a íntegra do documento convocatório elaborado por seus organizadores:

Na reta final da eleição, a campanha presidencial no Brasil enveredou por um caminho perigoso. Não se discutem mais os reais problemas do Brasil, nem os programas dos candidatos para desenvolver o país e para garantir maior justiça social. Incitada pela velha mídia, o que se nota é uma onda de baixarias, de denúncias sem provas, que insiste na “presunção da culpa”, numa afronta à Constituição que fixa a “presunção da inocência”.

Como num jogo combinado, as manchetes da velha mídia viram peças de campanha no programa de TV do candidato das forças conservadoras.

Essa manipulação grosseira objetiva castrar o voto popular e tem como objetivo secundário deslegitimar as instituições democráticas a duras penas construídas no Brasil.


A onda de baixarias, que visa forçar a ida de José Serra ao segundo turno, tende a crescer nos últimos dias da campanha. Os boatos que circulam nas redações e nos bastidores das campanhas são preocupantes e indicam que o jogo sujo vai ganhar ainda mais peso.

Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservador, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada. No comando da ofensiva estão grupos de comunicação que – pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar – já mostraram seu desapreço pela democracia.

É por isso que centrais sindicais, movimentos sociais, partidos políticos e personalidades das mais variadas origens realizarão – com apoio do movimento de blogueiros progressistas - um ato em defesa da democracia.

Participe! Vamos dar um basta às baixarias da direita!

Abaixo o golpismo midiático!


Viva a Democracia!

Data: 23 de setembro, 19 horas

Local: Auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (Rua Rego Freitas, 530, próximo ao Metrô República, centro da capital paulista).

Presenças confirmadas de dirigentes do PT, PCdoB, PSB, PDT, de representantes da CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, MST e UNE e de blogueiros progressistas.

As informações são da página do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.










Olá,

Eu sempre que vejo o horário político vejo só a Dilma e o Mercadante, ja sei em quem votar, o SS erra, deve reclamar no procon, pois pagou e não vai levar, bem que o PIG "Partido da Imprensa Golpista" se esforça, agora literalmente estão soltando os cachorros. Quanta ineficiência, também o que esperar de quem se apoia em mentiras. Só a verdade têm força, a mídia faturou com êle e esta cumprindo seu papel, a mídia que não se reformar se revolucionar, como vem se reformulando a opinião pública, estará fadada ao fim, como também estes partidos demotucanalhas , que mais uma vez terão que mudar de nome em mais uma tentativa de apagar seu passado. Lamento ver tanta falta de imaginação tanto banditismo midiático e dos marketeiros de aluguel. PT saudações

*Chebola


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