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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 24, 2010

Maluf, Roriz, Heraclito foraaa

Bye bye Roriz, Maluf e Heráclito.
Ficha Limpa venceu !



    http://1.bp.blogspot.com/_sQ00yEv9tpk/TJzPXaDZxeI/AAAAAAAAMSM/520rE36TK3I/s1600/roriz.jpgEra uma vez um Senador

    Com a renúncia do aliado do Zé Baixaria Joaquim Roriz, o Supremo Tribunal Federal não terá tempo para julgar a lei da Ficha Limpa.

    Sendo assim, a lei da Ficha Limpa aprovada pelo Congresso com apoio indiscutível da população brasileira está intocada.

    Ela é constitucional e vale para este ano.

    Com isso, Joaquim Roriz, Paulo Maluf e Heráclito Fortes não podem se candidatar.

    O HC que o ex-Supremo Presidente do Supremo, Gilmar Dantas (*), concedeu a Heráclito Fortes torna-se, assim, letra morta, como o AI-5 que inspirou a jestão do ex-Presidente Supremo do Supremo.

    Prevalece, portanto, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que se sobrepôs à patética inação do Supremo Tribunal Federal.

    Bye bye, Heráclito.

    Agora, sem nenhuma dúvida, o ex-nobre Senador terá de pagar os advogados do próprio bolso.


    Paulo Henrique Amorim

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