Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, abril 26, 2012

Justiça nega pedido de indenização de gari contra apresentador Boris Casoy

Mais uma decisão digna de fazer Lalau ficar corado.Juiz nega pedido de gari contra Boris Casoy, o boca de cu.Segundo a irretocável decisão do merdetissimo juiz o gari sofreu apenas um dissabor quando Casoy disse que a profissão de gari é a mais baixa na escala de trabalho..Dissabor é a sociedade conviver com esse tipo de decisão esdrúxula.

A Justiça da Paraíba negou o pedido de indenização feito pelo gari, Gilson Silva Sousa contra o apresentador e jornalista Boris Casoy, da TV Bandeirante. O desembargador José Ricardo Porto do TJ (Tribunal de Justiça), relator do processo, afirmou que o autor sofreu apenas um "dissabor".
Sem saber que estava sendo filmado, o apresentador fez um comentário ao término de uma reportagem de natal sobre os garis. “Que merda. Dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. O mais baixo na escala de trabalho”, dizia no áudio.
De acordo com o pedido, o jornalista teria denegrido a imagem dos garis, como uma classe. Para o apelante, essa frase denigre a classe dos trabalhadores na limpeza urbana. Alegou que sentiu-se discriminado pelas palavras do repórter, um dos mais conhecidos do país.
Mas, o relator entendeu que não procedem os argumentos do impetrante. “Na verdade, o episódio provoca dissabor e não dano moral indenizável. O nome do autor jamais foi mensionado e as expressões enfatizadas são genéricas”, disse o magistrado ao acompanhar o entendimento a decisão de 1ª instância.
Número do processo: 001.2010.004607-5/001
Fonte;Última Instância
*Oterrordonordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário